- Boa tarde, dona Isaura.
- Boa tarde - e desligo.
Não é fundamental lembrar a empregada da clínica médica que não sou nem dona nem Isaura.
Não é fundamental lembrar a empregada da clínica médica que não sou nem dona nem Isaura.
Acordo hoje com um pedregulho
dentro da cabeça e não a levanto. Estico o braço para alcançar o telefone e
mando mensagem a avisar que não vou trabalhar. Durmo mais o par de horas que a
noite não me quis trazer e depois dessas sento-me noutra a suar toxinas. O pedregulho parece
que se tornou entretanto relativamente poroso por causa do comprimido ingerido ali atrás à beira
da mensagem, estou convencida.
Transporto o meu estranho corpo sem
destino através de um dia de repente desprogramado e parece-me que pairo num
vazio onde me sinto florescer, mas isso foi por ter olhado a minha bela
orquídea que vive na janela da cozinha e deita um olho ao rio.
(em lugar de desenvolver o florescer através de um dia vazio, viro-me
para a orquídea, que te parece?)
Foi-me oferecida pela Salomé na esplanada da
Casa do Preto, em Sintra (adoro o nome Salomé).
- Não a afogues, ouviste? É
pouca água que deitas. Depois a flor vai cair, parece que todo o pé morre, mas
não. Há-de tornar a florir. – a Salomé topou-me bem a inabilidade para coisas
delicadas, mas é minha amiga e sabe do gosto profundo que carrego pelas flores,
por todas as flores.
(Isabel, como se limpa isto? não posso omitir a Salomé, compreendes?)
Aprendi, a prova é mais abaixo
que está.
Assim, parecendo que mais leve depois
da visita à orquídea - o poder das flores não sei quê e é verdade - deslizo para trás do computador e dou um longo passeio
por muitos blogues novos e velhos, grandes e pequenos. Hoje parecem-me todos
bons (semeei comentários em alguns) e se não fosse um palerma de um sindicalista esmagar a tolerância restante
de muito boa gente a greves de pilotos, tinha regressado ao encaixe no suor que
me escorre pelo corpo – mesmo sem dançar, sem nada - a sentir um orgulho cintilante,
quase total, nos meus compatriotas que se expressam por aí.
Ah! Mantenho a teimosia de
escrever blogue. Para não ficar entupida
num g órfão de pai, pobrezinho sem continuação, que
eu falo bem é português portanto pego no telefone.
A consulta ficou marcada para a
dona Isaura, é amanhã à tarde. Mas talvez ela melhore até lá.
(não ficou a fotografia muito vertical, mas ficou linda)
ResponderEliminarJá é a terceira orquídea que tento ver crescer. Penso que desta é de vez. São assim as flores mais belas, precisam de mais atenção e cuidados.
As melhoras " Dona Isaura"...
Olá AC, é bom ver-te por aqui. :-)
ResponderEliminarEstou muito contente por ter conseguido que a orquídea sobrevivesse todos estes meses com ar de morta mas não estava.
Obrigada :-) ela agradece.
A minha avó é a maior perita em conservar e mimar orquídeas. Aliás, qualquer planta. Vive num lar e o quarto dela tem varanda. Não descansou enquanto não a encheu de "vasos" feitos de garrafas e garrafões e lá plantou o que muito bem lhe apeteceu até ficar ao seu modo. De vez em quando pede-nos que lhe levemos um saco de terra "dos mais pequenos, que é pra "elas" não se aperceberem" ou um frasco de pó, daquele "para afugentar as formigas e alguns insectos". E lá lhe levamos o que pede.
ResponderEliminarIsto tudo a propósito da orquídea que lhe dei pelo seu 83º aniversário, o ano passado, e que ainda perdura. Este ano dei-lhe a mesma flor, de outra cor. :)
Olá Homónima,
EliminarTão bom ler este comentário, cheio de flores e da tua avó.
Tens sabido, portanto, pôr as orquídeas nas mãos certas. :-)
Um beijo para ti e outro para ela, se puder ser.
As melhoras linda e vertical Susana ;)
ResponderEliminarMuito obrigada, minha querida, vertical e de certeza linda Cláudia.
EliminarQuerida Susana,
ResponderEliminarDesejo que recupere rapidamente, sem necessidade de se apropriar da marcação de D. Isaura.
Um beijo,
Outro Ente.
Querido Outro Ente, muito obrigada. D. Isaura está como nova :-)
EliminarOutro beijo.
Com os votos de rápidas melhoras -- que esse pedregulho seja atirado para bem longe, mais rápido que a sombra do Lucky Luke.
ResponderEliminar(E quanto a isto dos blogs, mantenho a minha promessa: quando certo clube que costuma jogar em Alvalade, mudar o nome para Sportingue (ou mesmo, Desportingue) eu deixarei de escrever blog :))
Boa noite, cara Susana :)
Muito obrigada, amigo Xilre. Creio que o Lucky Luke não se safou, o pedrego esfumou-se.
Eliminar(Epah... não tinha pensado no Sporting, bolas... e agora? )
Boa noite, Xilre. :-)
Se um abraço ajudar a lançar essa pedra para bem longe... deixo aqui 20 que já dão para dois anos.
ResponderEliminarUva, os teus abraços funcionaram. Obrigada.
EliminarE eu queria ter-te dado os parabéns pelos 10 anos, mas dou agora. Aliás dou-te os parabéns por tudo. És grande, como escreveu hoje o Tal.
Vade retro, dor maldita! te escaramento! (dizia a minha avó) :P
ResponderEliminarBeijos, Susana, e as melhoras. :)
Se calhar foi a tua avó que deu o golpe final. É que nem precisei de comprimidos hoje. Amazing. :-)
EliminarBeijinho, querida Maria.
Sou uma assassina de orquídeas. Mato uma média de uma por cada 3 meses.
ResponderEliminarPronto, pronto, não mates mais, Cuca. Senão um destes dias ainda te invade os sonhos o Terceiro Pelotão das Orquídeas Vivas-Mortas, não tens medo?
Eliminar:-)
As melhoras, Susana e cumprimentos à D. Isaura, já agora. ;))
ResponderEliminarObrigada, Maria, já passou. E D. Isaura retribui os cumprimentos. :-)
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