07/09/2018

Nem um saltinho nem um aizinho

A barata que ontem caminhava pelo chão azul clarinho do meu cliente hoje não veio. Pelo menos que eu visse. Olhei bem em frente, à esquerda e à direita, foi varrimento ou varredura. Não estava. Bom dia, a barata está? Não, ela não está. Vem mais tarde? Nem isso, não vem mais tarde. A verdade é que não estamos a cair numa fábula, este diálogo não vai por aí, ok? Este diálogo é imaginário decorrente da situação e do meu medinho de hoje não me segurar como ontem me segurei na hora de a barata aparecer em casa do meu cliente. Eu estando ali a prestar serviço não havia de tomar tempo para reagir que nem uma barata tonta a outra bastante vivaça, segura de si, em modo de passeio. Porém não tirei os olhos dela. Uma pessoa tem de manter controlada a situação enquanto está toda profissional a fazer uma conversa. Mas o cliente vê a minha fixação na bicha: Faz-lhe diferença?... Não! – menti - desde que ela não venha cá ter comigo… Pois portei-me lindamente, é o que digo. Nem um saltinho nem um aizinho eu dei, nada. A barata seguiu na direção do gabinete do fundo, ciao. Eu optei pelo lado oposto que dá para a casa de banho. Anunciei já volto, na boa. E assim fiz: voltei. Aí, o chão azul clarinho já estava livre da barata. Uma grande barata que era, bem alimentada, as antenas no ar, todas mexendo. Não aprecio. Portanto hoje atravessei o chão azul clarinho quatro vezes e quatro vezes procedi ao varrimento ocular proximal, distal, bilateral supra indicado. Varrimento ou varredura, nunca sei. Mas não interessa, correu lindamente.

4 comentários:

  1. Não seria capaz de me portar tão bem...
    Os meus parabéns!

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  2. Parecendo que não, estar assim como que à espera, não me leva os ais e os saltinhos. Sendo comigo, era aperceber-me de qualquer sombrazinha e lá estaria eu aos ais. Não tenho pavor desses bichinhos mas ter visto um, para mim, é esperar mais iguais e esse sobressalto é o que mais me aflige.

    Bom resto de dia :-)

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    1. Eu já tenho tido muitos encontros com baratas em local de trabalho e nunca me consegui habituar. Claro que em tempos já tive colegas que, apercebendo-se do meu "pequeno" problema, me traziam as baratas perto para eu as ver melhor. Mau.
      Difícil manter a compostura.
      Obrigada, Gina :-)

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