07/02/2020

Post passa a fascículo que é muito mais lindo

Desta vez, calhou-me a carruagem de conversar. Se alguns de vós estais recordados, queridos leitores daqui, já cá veio, por diversas vezes, mostrar com que linhas se cose a carruagem do silêncio, integrante assídua dos comboios holandeses, amarelos e azuis por fora. Por dentro cá andam mais limpos que no passado, mas não se pense que é por reação ao coronavírus, é asseio anterior, este. Claro que tirei uma selfie à vitrine da janela. Os pedaços de pessoa refletidos são meus, daí a classificação de selfie.
Sigo na carruagem de conversar mas por não ter com quem, entrego o monólogo ao blogue que já merecia uma atençãozinha.
Fiquei tão azeada* e também estupefacta com a cena descrita no fascículo anterior, que quase me dispus a arrumar estas botas de vez.
Mas o sinalzinho fofo (ver figura um) aqui viajando ao meu lado deu o empurrãozinho. Há coisas mesmo boas.
Figura um

(Quanto à outra problemática desenvolvida em caixa de comentários do já mencionado fascículo anterior, oportunamente haverá notícias)

Adenda:
*embora azeada vá muito mais de acordo com uma beleza na palavra, é aziada que se escreve, com i. Pedimos desculpa pelo encómodo.

9 comentários:

  1. Respostas
    1. Consideremos que rir nem sempre é o melhor remédio, doutora flor silvestre dos pastos.
      Atenciosamente,
      M.M.

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    2. uuuuuuuuuuuuuu! que medo, bolinhas de chocolate :/

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    3. Medo, medo, não será necessário, a doutora flor silvestre pode descansar, que está lidando com um cavalheiro.
      Atenciosamente,
      M.M.

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  2. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  3. "Há coisas mesmo boas.". Pois há, Susana, pois há.
    E sabes o que me apetece agora? Apetece-me deixar aqui, nesta tua carruagem de conversar, um abraço apertado

    Boas viagens, Susana lindona :-)

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    1. Olá Cláudia :-)
      Agradeço e retribuo esse abraço apertado.
      Que conversas boas, estas.

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  4. Como sou ignorante, nunca tinha visto uma carruagem de conversar.
    Embora sem ter o dom da Susana não resisto a contar uma história de que me recordei a propósito da carruagem de conversar.
    Há muitos, muitos anos, eu e minha irmã, ambas com pouco mais de 20 anos fomos fazer uma longa viagem cujo destino era Macau.
    Foi preciso mudar de aeroporto em Londres e a minha irmã a quem não apatecia falar, escolheu um lugar no autocarro ao pé de um sr. com aspecto verdadeiramente british e que, segundo a minha irmã, não iria querer conversar connosco e poderíamos fazer uma viagem tranquila.
    Pois, enganou-se! O sr. assim que nos sentámos, lançou-se numa conversa cerrada, quase um inquérito. De onde vínhamos, para onde íamos , o que fazíamos, etc.
    Se o lugar estivesse sinalizado a minha irmã já não se enganava.

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    1. Ignorante o quê, ana, ora essa! Na verdade, pensando bem, até acho que o sinal que fotografei é uma espécie de incentivo para as pessoas largarem o telemóvel e falarem com quem vai sentado perto. Criativos, hein?
      Obrigada pela história, ana. Se o senhor muito british não tivesse dito nada, a sua irmã tinha ficado mais feliz então, mas agora não teriam nenhuma história para contar. :-)

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