25/05/2021

Quarentena, dia treze

Hoje venho falar dos meus sapatos de ténis novos ou sapatilhas como se diz, melhor, no norte. Inspirados na nova dança que me salvou estes dias interiores, eles chegaram hoje. Como não havia o meu número, que deve ser o mais corriqueiro porque estava esgotado em todas as cores deste modelo que eu queria, as sapatilhas são meio número acima do meu. Talvez até deixe crescer um bocadinho as unhas dos pés, para aproveitar o espaço extra. Acho que se chama unha francesa a isso. Mas nos pés (um caso a estudar quando não tiver nada melhor para fazer). Depois de apreciar o belo par de todos os ângulos e lhes enfiar os pés dentro com meias acabadas de sair da gaveta, sim sim, vejo no interior da caixa uma folhinha de instruções que me fez abrir mais um bocado os olhos. Trata-se da documentação dedicada à hipótese de devolução do produto. Vem até pré-preenchida com os nossos dados, meus e dos sapatos, género declaração do irs. Mas as instruções! Por favor, experimente os sapatos com meias limpas. Certo. Por favor experimente-os dentro de casa num chão limpo. Se alguns pelos de gato não contarem, certo também. Por favor tenha cuidado para não sujar os sapatos, por exemplo com maquiagem. What?! (como diria a Saminhas) Maquiagem?!... Sinceramente! Experimentar os sapatos na cabeça, ou na cara, é isso?... Não percebi. Mas também não faz mal, porque não os vou devolver, até já fizemos a dança nova em conjunto, um trabalho de equipa como deve ser. Ah, senhores!

4 comentários:

  1. Estava aqui a pensar que se este teu post virasse uma daquelas maravilhosas pinturas da Palmier poderias muito bem aparecer, com ar embevecido, de cara encostada a uma das sapatilhas, toda caída em amor por esses novos companheiros de equipa na dança salvadora, e, na sapatilha alvo do afago, já toda uma marca de base no formato de uma bochecha...

    ("talvez até deixe crescer um bocadinho as unhas dos pés, para aproveitar o espaço extra", para mim resultou em Ah Ah Ah, quero que saibas)

    Oh! Bolas! E a PSP que não apareceu!

    Tudo de bom e um abraço, Susana :-)

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    1. Isso seria mesmo mesmo à la Palmier, nossa querida e saudosa Palmy!
      E no quadro, ao fundo, a ver-se o formulário de devolução das sapatilhas com as instruções da boa educação (que pelos vistos falta muito por esse mundo afora).

      Mas... eu não uso base, por isso, talvez seja mesmo uma ótima altura para começar a usar, a ver se a Palmier aparece entusiasmada para pintar mais um dos seus lindos quadros e de uma vez por todas desabandonar-nos!!
      Hum, se estes parágrafos estiverem um bocado desconjuntados no contexto, olha, deve ter sido o efeito dos jacarandás que hoje andei a rondar no âmbito da euforia de poder sair de casa. Nunca me canso de olhar para eles.

      A PSP nada... onde é que já se viu. Tssss.

      Abraço com votos de tudo de bom para ti também, Cláudia :-)

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