20/01/2022

De pouco me vale não ter facebook e coiso, o castigo é certo

O computador à parede não atirei ainda, como fez a minha cliente, mas suponho já ter estado mais longe. É uma questão de definir se vai o próprio, o teclado acessório ou o segundo ecrã. Isto porque o telemóvel já foi, embora não à parede. Estúpida coisinha dentro da qual somos obrigados a viver SE QUEREMOS MARCAR A MERDA DE UMA CONSULTA para a qual é preciso criar nome de utilizador, palavra passe com requisitos de proteção para juntar às quinhentas mil palavras passe que já nos obrigaram a criar e que depois esquecemos e por isso temos de substituir por novas palavras passe que vamos também esquecer, instalar uma app no telemóvel porque uma equipa permanente a pensar em si o tanas e o raio que os parta, no computador não dá, aliás não dá em lado nenhum! Foi por isto que o computador se safou de ir parar ao chão, mas não o telefone. Não se partiu, a capa é boa. Apenas saltaram os cartões lá metidos incluindo os papelinhos com os dados da minha rica vacina covid. Apanhei-os. Gostava de saber, já que aqui estamos, para quando apanharmos também as vacinas através de apps no telemóvel. A mim quem mas deu, a todas três doses, foram pessoas, duas mulheres e um homem. Pareciam verdadeiros. Ou seja, de carne e osso. E falavam! Falaram comigo, a sério que falaram. Até me olharam nos olhos! Um luxo tão grande, tão grande. Enorme.

2 comentários:

  1. Sabes, nunca fui grande adepta de Ficção Científica. Aqueles cenários que transmitem eficiência total, o branco a predominar, demasiado branco, asséptico, cenário pavoroso para esta pessoa dada às cores quentes, a acentuar a ideia de eficácia apenas, nada acolhedor, zero, "deixemo-nos de rodeios, vamos ao que interessa". Ou então paisagem árida com apontamentos de metal e ferro. Horrível.
    No fundo, acontece assim um valente desconforto, assim um medo que aquele impossível não seja assim tão impossível num futuro distante. E então uma pessoa, neste caso eu, também pensava, ná, se a humanidade tem imaginação suficiente para antever também saberá parar a tempo. Acontece que, até eu, uma optimista, já não estou assim mesmo nada confiante com isso de parar a tempo...
    Bem, pronto, vá, uma optimista é sempre uma optimista, portanto, acabando bem: Agora vou publicar o comentário e aqui a tecnologia, a própria, diz-me que isto é tudo muito bonito e tal, mas ou provo que não sou um robô ou não há cá publicação de comentários (ai, que isto é a tecnologia a defender a humanidade de si mesma, não parece mesmo?)

    Boa tarde, Susana!

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    1. Como concordo contigo, Cláudia!!
      Há dias recebi um email do banco a incentivar os clientes a não telefonarem e a usarem a fabulosa maravilhosa e toda-poderosa app!!! Como se nós, clientes, saltássemos de alegria e explodíssemos de entusiasmo por fazer semelhante isso. Bah.

      No entanto, sobre "parar a tempo": os fenómenos de massas têm tendência a progredir de uma forma ondulatória, como também outros fenómenos físicos e por isso eu creio que no futuro vai haver retrocessos, vão instalar-se correntes migratórias para humanizar mais e deixar "Aqueles cenários que transmitem eficiência total, o branco a predominar, demasiado branco, asséptico, cenário pavoroso..." apenas para as situações que realmente beneficiam muito com eles. Ponto.

      Boa noite, querida Cláudia.

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