19/03/2023

O animado cãozinho

Esta noite foi a pior desde que há registo pela equipa de monitorização relógio & telefone, ambos espertos. Mas estou de acordo. Estive para adormecer até às três e meia, hora em que olhei para os números luminosos pela última vez antes de ser finalmente capaz de abandonar o estado de vigília. Por isso, de manhã, o arranque foi por partes. Por exemplo, pus-me a andar ou, por outras palavras, fui caminhar. E, como ainda não havia introduzido as planeadas alterações no percurso habitual para fugir às manifestações de intenção de ataque do cão velho, preto, grande e rabugento, avancei por ali fora, continuei em frente! Sim, passei o local onde ultimamente, ao avistar a fera, volto para trás obediente à vontade do bicho e entretanto também à minha porque não me apetece imenso ter a pele rasgada por dentes caninos, nem sequer as calças. Mas como dizia, hoje segui em frente. Não por ter tido um ataque de grande valentia, mas porque o animado cãozinho não estava lá.

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