Entre ir ao sofá estabelecer-me por duas horas a ver um
filme com a minha filha caçula ou escrever um postezinho en el blogue, decido-me pela primeira. Todavia, carece registar sobre
o cheiro a coisas guardadas que paira aqui em redor de cada vez que a minha
outra filha, a primogénita, vem à sala desfilar os costumes de carnaval que enverga,
um após outro, para aprovação caseira antes de sair para a noite (ai que bom
ficar em casa). Já se viu passar uma chinesa de quimono vermelho que
recentemente tipo há quinze minutos se converteu em diversas versões modificadas de palhaços encimados por cabeleiras que fazem estágios prolongados demais na
arrecadação e óculos que davam para fazer ula-upe
ou lá o que é com os aros. Entre coisas estranhas e quase mortas, à exceção dos
bichos vagamente castanhos que sobrevivem a tudo estabelecidos ali em casulos
agarrados às paredes, da árvore de natal e da panela das couves que tinha desaparecido e entretanto apareceu, o cheiro destes objetos habitantes da tal arrecadação é um
composto químico com partículas em suspensão de certeza... mau. Por exemplo ácaros
crescidos à sua vontade em cultura de escuridão (oh coitadinhos, diria
a minha caçula que acha tudo o que se assemelha a célula fofinho).
(Se com este post não perder nenhum leitor, então tenho
leitores mesmo mesmo queridos.)
Mas está na hora de ir espirrar para o sofá que o filme vai
começar.