Há uma
rotunda debaixo praticamente da ponte vasco da gama que está iluminada de natal por partes: está e não está, está e não está, está e não está. Ou seja, piscando a uma
frequência aflita, e mais: o tom das luzes naquele branco de câmara frigorífica onde
se pendura o gado já morto (imagine-se). Fez-me também lembrar por que deixei de
ir a discotecas – a música do tipo obras na variante tábuas a bater-nos
na cabeça muitas vezes e também no corpo todo, por dentro. Mas em luz.
(o bom, porém, foi ter conseguido - até que enfim - escrever poucochinho)
E já pensou em quem gosta de lê-la?! É que se cumpre o objectivo...
ResponderEliminarEu acho quase sempre que escrevo demais... e me torno aborrecida.
EliminarMas escrever é tão estupidamente bom!
:-)
Isso foi querido, bea. Obrigada.
Deixa te de "achamentos" e continua mas é a partilhar e a entreter nos :)
Eliminar(Acredita que poucos comentários não são sinónimo de poucos leitores)
Mas querida flor, sente-se ou não o peso de certa responsabilidade em dar o melhor que se consegue a esses outros que nos leem, que, de certo modo, vão por aqui caminhando connosco no nosso dia-a-dia?
Eliminar:-)
Isto é giro, de facto.
essa imagem da arca frigorífica... valhamedeus, Susana... puto de cenário, diria uma amiga minha que deita muitas palavras feias da boca para fora.
ResponderEliminar(quando consigo escrever mais do que cinco linhas, mais ou menos, penso: que bom, quase como a Susana)
Uma vez, ana, saí de um restaurante logo depois de ter entrado, por causa da iluminação. Era assim, branco-arca-frigorífica. Mais tarde eles mudaram a iluminação e eu passei a ser cliente.
Eliminar(A sério que pensas isso?) :-)
(palavra de escuteira)
Eliminarcerto dia entrei num armazém frigorífico... uma qualquer visita de estudo a uma doca.
ResponderEliminarportas quase blindadas e lá dentro -30º celsius iluminados por umas quantas lâmpadas dessas a debitar os seus 6500º kelvin... uma certa harmonia nos tons frios sentidos na pele e no olhar por entre filas e filas de paletes empilhadas com caixas e caixas de pescado.
não fosse o cheiro a peixe e estaria a viajar sozinho pela antártida que nem o erling kagge.
venha de lá mais escrita curta ou comprida o que interessa são as partilhas!
cumprimentos e um pezinho de dança tuntz tuntz tuntz! :P
6500 Kelvin?? Mas isso é muito, muito quente!
EliminarEsse lugar não seria dos mais acolhedores, realmente.
Só lá faltava o tuntz tuntz, jesus!
Olá il :-)
não sei bem o porquê mas medem a cor com temperaturas kelvin.
Eliminardiria que é um bocado anacrónico porque quanto mais fria é a cor mais kelvin's leva na pontuação (não estou bem a ver o sentido mas estou certo que o fará, que as gentes da física por norma não são lá muito dadas ao fandango, a menos que sejam da física quântica que aí já há teorias bem a condizer com o rock progressivo)
em todo o caso prefiro o calvin e o hobbes!
e pronto assim se divaga um pouco mais e se dá uma grande volta ao texto!
boa tarde susana!
Pronto, ainda bem. É que uma temperatura dessas (em Kelvin ou Celsius, que nessa gama já é quase o mesmo) é mais ou menos - segundo diz quem sabe - a temperatura do núcleo da Terra :-)
EliminarDe temperatura de cores é que (gosto imenso mas) não sei nada. No entanto é capaz, il, de dar uma boa poesia isso de conferir temperatura às cores (lembrei-me agora).
Física quântica é assunto misteriosamente belo. Mas o Calvin & Hobbes não lhe fica muito atrás e sempre se percebe melhor. :-)
Boa tarde, il.
não sei bem o porquê mas medem a cor com temperaturas kelvin.
ResponderEliminardiria que é um bocado anacrónico porque quanto mais fria é a cor mais kelvin's leva na pontuação (não estou bem a ver o sentido mas estou certo que o fará, que as gentes da física por norma não são lá muito dadas ao fandango, a menos que sejam da física quântica que aí já há teorias bem a condizer com o rock progressivo)
em todo o caso prefiro o calvin e o hobbes!
e pronto assim se divaga um pouco mais e se dá uma grande volta ao texto!
boa tarde susana!
AH, il, ainda venho cá acrescentar mais um pedaço de conversa: no meio das físicas (ciência que eu mais ou menos estudei) despertou-me a curiosidade aquela coisa chamada fratais (ou fractais), isto há muito tempo. Comprei livros e comprei um filme em VHS para aprender mais sobre essa maravilha da matemática ligada à física: no filme havia uma peça de música fratal... bem, antes rock progressivo, iron maiden e todos aqueles da pesada que eu não sou capaz de ouvir... foi terrível :-)
Eliminarboa noite, il :-)
pouco ou muito é sempre um prazer vir aqui :)
ResponderEliminarQuerida GM, também é um prazer ter-te a pedalar aqui (para o caso de vires de bicicleta, nunca se sabe) :-)
EliminarEu Cláudia, tu Susana. Eu gostar dos teus posts.
ResponderEliminar(Vês? Até parece assim uma espécie de Twitter, essa grande invenção para gente com pressa, e que, afinal, é o tipo de comunicação já utilizada pelo Tarzan, embora o motivo fosse outro);
Também poderia comentar assim: "It,s your blog, you can do what you want to, do what you want to, nã,nã,nã,nã, nãnãnã,nãnã,nã (para ler a cantar);
E ainda posso comentar assim: Estamos em época natalícia, também achas que Charles Dickens combina particularmente bem com o Natal?
Agora imagina um daqueles terríveis orfanatos dos quais Dickens nos falou, estás a imaginar? Imagina os sucintos, os lacónicos a adoptar apenas a sua meia dúzia de palavras (com as quais dizem tudo, alegam eles, pfffffffffffff) e agora imagina todas as outras palavras (milhares delas) agarradas às grades de um enorme portão de ferro, sem esperança, de letras devoradas pela tristeza, depois a roerem a sua mísera côdea de pão e a recolherem-se aos quartos sombrios, húmidos, bolorentos. Pobres palavras, criadas com esse nobre intuito de enriquecer a comunicação, abandonadas assim, esquecidas em nome da eficácia (palavra com muita saída) do resumo. (Nem sei o que te diga se, depois de teres estado a imaginar isto comigo, conseguiste conter as lágrimas)
(Então? Conta-me, fui suficientemente aborrecida?) ;-)
Imenso, Cláudia, tive de recomeçar três vezes devido a ter adormecido lendo o comentário...
EliminarAixas?!?!? (como dizia a dona Esmeralda e se calhar ainda diz)
Eu tenho um problema com o Charles Dickens - nunca o li. Mas.... por acaso ando com muita vontade de o ler. Já viste aquele filme do Crime no Expresso do Oriente? Poirot anda por lá a ler Dickens e parte-se a rir com a leitura. Ora quem consegue fazer rir Mr. Poirot, consegue fazer rir muita gente (tipo eu também).
Eu não chorei nada com as palavras presas agarradas às grades de um portão de ferro, porque isso me soou a Salvador Dalí, uma vez que os portões têm espaços por entre os quais as palavras poder-se-iam soltar enquanto roíam as côdeas bolorentas (jesus, Cláudia). Mas que a tua "pintura" foi acutilante, foi.
:-)
(Ah, então, muito provavelmente, Mr. Poirot andaria a ler Os Cadernos de Pickwick. Esses também ainda não li, embora já os tenha trazido para casa. Depois, quando tiveres o livro, vais ver que, para além de ter feito rir Mr.Poirot, o senhor Pickwick também encantou, por exemplo, Fernando Pessoa e Ricardo Araújo Pereira. Hum, hum, pode muito bem ser que também consiga fazer-nos rir no próximo ano :-))
Eliminar(Tenho a certeza de que vou rir a valer com os cadernos de Mr. Pickwick - também me lembro de o nosso Pipoco ter anunciado ese livro há tempos no seu blogue - desde aí que tomei nota :-))
EliminarFeliz Natal (ainda), Cláudia!
(Esqueci-me aqui de dizer-te, mas digo agora, que há esse inconveniente da tua actual situação laboral, que te faz mais feliz, é não termos tido mais noticias da dona Esmeralda :-))
EliminarBeijinhos, Susana.
também vou escrever poucochinho, mas é com muito sentido que ficam os desejos de Festas Felizes com iluminação sóbria e confortável.
ResponderEliminarbeijinhos, Susana.
Muito obrigada, Mia. :-)
EliminarUmas Festas Felizes para ti também, com paz e saúde.
Beijinhos de vuelta.