Este ano o natal chegou demasiado cedo. Por mim estaria a
terminar maio, saindo com vagar o mês das flores, como se ainda pudéssemos evitar
um verão desgraçado. É que não estou pronta. Do lado de fora da minha casa, quem
olhar vê a silhueta luminosa da árvore de natal que arranquei aos braços em prestações
curtas. Nunca antes tinha trabalhado tanto, tantas horas, tantos domingos e
sábados, praticamente todos, noites e noites adentro. A publicação menos
frequente de posts neste blogue em dois mil e dezassete vem daí. Mas então pode
ver quem olhar da rua a luminosa árvore de natal cuja gambiarra de luzes veio
da arrecadação a incluir, quando olhei bem, felizmente olhei bem, os fios de
cobre junto à ficha que fica na extremidade todos ao léu, desordenadamente surgindo
de dentro do isolamento em verde-árvore-de-natal e verde-árvore-de-natal porquê,
por causa de camuflar na folhagem de plástico ou polímero especial, isso já não sei. Em vez de comprar uma gambiarra nova fui à loja exígua que também
tem tudo o que a gente quiser desde chapas de matrícula até ao mais pequeno dos
parafusos não faltando fichas elétricas mas não é chinesa, é portuguesa, onde
foi a gambiarra reparada com sabedoria, destreza e substituição de peças. Exclamei
inclinada sobre o balcão, mas isso da
ficha fazia eu, e eles, não custa
nada fica já feito, da minha parte foi só então lá deixar um euro e meio, depois
da parte da árvore foi deixar-se iluminar à janela e da parte da janela, quando
vista da rua, já disse.
Está demais esta história de natal sem o espírito, coisa que se pretende mas ainda não chegou, vá lá a gente saber por onde anda. Isto tudo apesar de eu não fazer ideia do que seja uma gambiarra. Tenho a ligeira impressão que na minha terra natal se chama esse nome a uma lanterna. Mas, no post, lanterna não bate.
ResponderEliminarPois mesmo sem espírito natalício e com esse trabalho que conquistou uma árvore de natal toda brilhos e nos sonegou paletes e resmas de textos, achei um máximo.
O natal não bate senão por dentro do coração da gente.
Eu sempre ouvi a minha mãe chamar gambiarra à fileira de luzes que se pendura na árvore de natal e tirando o facto de ela pronunciar "Lesboa" em vez de Lisboa por ser precisamente desta cidade, costuma falar bem :-) mas gambiarra abrange mais coisas incluindo espécie de lanternas, realmente.
Eliminar(às vezes escrevo dentro da cabeça antes de dormir, mas de manhã já se apagou, claro)
Obrigada pela sua tão agradável presença aqui, bea. Muito.
É verdade, o tempo passa mesmo rápido.
ResponderEliminarMas acho que a culpa foi do pseudo-Verão até Outubro.
Beijinhos, D’A Vida De Diana.
Olá Diana, bem-vinda.
EliminarBeijinhos de volta e que tenhas um bom inverno, apesar de tudo :-)
E que linda é a tua árvore de Natal, vista assim, do lado do frio, e de gambiarra consertada. Gosto de a ver daqui, enfeitada de flores de Maio.
ResponderEliminarA mim parece-me que as árvores de Natal ficam lindas aos teus olhos por serem os teus olhos, Teresa. :-)
EliminarUm horrorosinho ainda Natalício, vale?
Não está muito mal, a gambiarra da tua mãe, profissionalmente falando, já que profissionalmente sei que uma gambiarra é uma luz de pendurar. Tecnicamente, às luzes de Natal chama-se série de Natal, à conta do pisca-pisca, atua em série.
ResponderEliminarMas, mesmo sem esse teu Natal ter descido, olha: Feliz Natal. E bom fim de semana, mesmo que seja de trabalho.
Obrigada, Gina. A minha mãe normalmente sabe dessas coisas (e doutras) :-)
EliminarEspero que o teu Natal tenha sido muito bom. Ficam os desejos de boa continuação deste período mágico. :-)
Feliz Natal, Susana.
ResponderEliminarObrigada por seres assim :)
Querida ana, obrigada.
EliminarFeliz pós-Natal para ti também, que fazes dele todos os dias (cheira-me). :-)
com gambiarra ou sem ela, feliz natal susana!
ResponderEliminar(podia falar nas luzes da rotunda do meu bairro que mais parecem a coroa da estátua da liberdade mas deixo isso para o imaginário)
Obrigada, il :-)
EliminarAgora já só vou a tempo de desejar que o Natal continue aí, nessa família de meninos que gostam de aspirar a casa.
sempre a tempo! (amanhã tenho agendada uma sessão dessa terapia)
EliminarSô Dona Susana, estou aqui à porta para te bater com o natal!
ResponderEliminar(não sei como raios se faz tal arte, mas se for suficiente para dar inicio a uma peleja de natal, até a porta te arrombo :b :b)
Minha doce flor, nem imaginas o quanto me bateu este Natal! Recebi uma enorme surpresa e das muito muito boas. :-)
EliminarUm abraço natalício pós-arrombamento.
Feliz Natal, Susana!
ResponderEliminarSabes, o ano passado, o espírito, chegou-me muito em cima da hora, este ano, deve ter sido para compensar, bateu-me forte logo em Novembro. Estou perigosamente carregada de lamechice, espera! espera! não fujas, dou-te só um abraço e digo-te que gosto mesmo muito daquilo que vou conhecendo de ti.
(eu acho que o Natal bate-te, às prestações, durante todo o ano, e que é por isso que agora não dás tanto por ele)
Isso que escreveste entre parêntesis é capaz de ser bem verdade, se não a 100%, pelo menos em parte. E muito te agradeço a nota, porque na verdade a sinto como um elogio.
EliminarO Natal chegou-me logo a seguir ao post e foi cá com uma dose, que só hoje consegui aqui voltar. :-)
(E é mesmo isso, é para sentires como um elogio)
EliminarVou aproveitar para te desejar um ano de 2018 muito feliz, que continues a iluminar o caminho por onde passas. Isto parece um bocado esquisito dito assim, mas a verdade é que pelo menos a tua passagem por aqui e por outros lugares desta nossa blogosfera já me habituou a esse teu traço de luz.
EliminarNão parece nada esquisito, Susana, mesmo nada, eu também acho que tu iluminas os caminhos por onde passas, e a luz que tem aqui este teu blog?
EliminarOlha, tu deixas-me é assim sem jeito, quando dizes essas coisas, como se estivesse aqui assim ao léu, tal como o título deste teu post, ao léu, mas sem frio nenhum, que tu tens essa capacidade de aquecer corações, tens, tens, e o meu vai agora sair daqui, assim muito quentinho.
Um ano de 2018 muito feliz para ti também, minha querida Susana.
Mas é que se eu não iluminar o caminho tropeço, porque sou um bocado míope e.... Cláudia, desculpa... teve de ser :-) (perdoas-me, eu sei)
EliminarMuito obrigada pelas tuas palavras, pela tua presença aqui. (falei há dias com a D. Esmeralda ao telefone, contou-me que emagreceu, está de cabelo pintado, agora goza a vida, em suma está "muito diferente" - na voz senti-a feliz - e claro que tinha de te contar, isto no caso de ainda vires aqui ver se eu finalmente te respondi ao comentário, que isto ando mais para lá que para cá)
:-)
(Oh, Susana, muito obrigada pelas notícias da D. Esmeralda! Quer dizer que a D. Esmeralda está a dar mais atenção à pedra preciosa que é ;-))
EliminarO Natal foi ontem. Não, o Natal ainda é. Seja como for, ainda tenho Boas Festas para dar. Aceitas? :)
ResponderEliminarClaro que aceito, minha querida luisa. :-)
EliminarE tu, aceitas um abraço desajeitado mas sincero e ainda todo natalício?
Pronto...como só vim agora, encaminho-me já para o novo ano, esta fronteira que apesar de ser só simbólica também nos costuma "bater".
ResponderEliminarBeijinho e bom ano
~CC~
Muito obrigada, CC.
EliminarEu desejo muito que 2018 lhe traga aquilo que se escreve com a tal palavra que começa por S e tem cinco letras. Muita, muita, toda.
Um beijinho e um abraço apertado.
já venho atabalhoada por conta de um atalho que apanhei a meio do caminho, mas ainda consigo deixar votos de Feliz Ano.
ResponderEliminarUm beijinho, Susana,
Mia
Ó Mia, mas temos por aqui atalhos muito bons. :-)
EliminarVotos de um Ano Feliz também para ti e todos aí em casa.
Obrigada e outro beijinho.