O passadiço que corre quieto sobre o pouco de rio e que na primavera sofreu de uma falha nas tábuas transversais do piso conferindo um perigo ao local, já exibe o remendo que levou este verão em completo acabamento. Por diligência, alguém foi e, a tábua toda novinha era julho, a instalou bem ali, inserida entre as outras, calminhas, sabidas de embeber vapores ao caldo fluvial. Mas ela passou metade do verão espetando-se para sul, uma prancha toda para nada, exagerando num comprimento estimado por excesso. E eis que, já o sol nos dá setembro, o novo inserto de tábua (não pode uma pessoa ausentar-se três semanas) não só está cortada enfim na medida exata, como também revela o início do seu percurso de aproximação às vizinhas em cor e patine! Não fotografei o processo. Doem-me os olhos de muito os enfiar no pequeno ecrã. Olhei antes lá em baixo, toda a vez, os pequenos caranguejos aflitos, sobre leito de lodo morno, sempre laterais na abordagem, eu gostando assim muito deles e sem saber lá porquê.
Texto intenso, direi até que poético, que gostei de ler.
ResponderEliminarQuem visita o mar em maré baixa vê com muita facilidade esses pequenos caranguejos, por vezes às centenas a remexer no lodo.
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Um dia feliz
Cumprimentos
Caranguejos que parecem ter uma existência monótona e muito.
EliminarUm dia feliz para si também.
Muito interessante este texto, poeticamente falando!
ResponderEliminar*
Existe um sol, que me seduz ...
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Beijos, e um excelente fim de semana. :)
Obrigada, Cidália.
ResponderEliminarUm beijo, bom domingo.