13/10/2020

Dá até medo a poesia

Se, na maior parte das vezes sigo andando, falando, ouvindo, comendo, respirando sem sofrer do poema a mínima perturbação, outras há em que, apanhada desprevenida, quebro toda, fico espalhada, desfeita, líquida cobrindo o chão e, depois, quando passado um sopro completo, volto a erguer-me para continuar o meu caminho, sacudo a dor da roupa tentando não reparar que fiquei foi mais inteira.

10 comentários:

  1. A poesia geram tantas contradições e reações nas pessoas. Dependo muitas vezes da intensidade emocional com que se lê.
    .
    Cumprimentos
    Um dia feliz

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  2. Já vinha do post anterior, logo assim a abrir e a continuar sem dó nem piedade: "Ah!" (Aposto que aconteceu a todos).
    Não satisfeita continua dando cabo de nós, agora de forma muitíssimo mais escandalosa, de forma muitíssimo mais explícita. "Aaaaahhhhhh!" (Aposto que aconteceu a todos). Encolho-me. É que, "Dá até medo a poesia". E, para além de medo, impõe cá um respeito!
    Não fosse aquele cabeçalho novo (gosto tanto do incentivo, também para a alegria, logo assim à entrada) a contribuir para a minha recuperação e não sei como conseguiria sair daqui "espalhada, desfeita, líquida cobrindo o chão", no meu caso, pela beleza/dimensão da oferta, que aqui está para quem quiser ler.

    Um muito bom resto de semana :-)

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    1. Tu, encolhida?...pffff
      "incentivo, também para a alegria." Isto sim! :-)

      É tão bom ler-te. Obrigada por continuares aí, Cláudia.
      :-)

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  3. Medo não sei, mas prazer dá certamente ler tão assertivas e bonitas palavras :)

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    1. Minha querida GM, mesmo vindo aqui vergonhosamente tarde responder-te, venho: muito obrigada pelas tuas palavras :-)

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