Hoje pela manhã decidi que não saía para o trabalho sem postar no blogue um dos trechos
de Saramago que mais abracei no último livro que dele li. Não tendo eu acarinhado o hábito de marcar passagens nos livros, pensei que seria como
procurar agulha no palheiro, ainda para mais calçada, ou seja, tarefa para
demorar. Saltei da cama e fui à
estante buscá-lo. Abri-o ao calhas. Virei a página ímpar e, no seu verso, encontrei.
Mesmo com a ajuda invisível
que tive na busca, saí de casa tarde. Ao ligar o carro, fui lembrada pela
décima quarta vez que o depósito de gasolina estava a pedi-la. Dada a curteza
dos meus trajectos (sim, podia tomar a bicicleta não fosse o medo de ser
esmagada pelos veículos longos de transporte de automóveis novos), posso andar
assim pelo menos uns três dias sem novidade. Mas pensei que talvez hoje já
fosse no quinto dia de avisos, ou sexto, o que pode perfeitamente significar o
carro já ter entrado em sofrimento.
Sendo eu uma pessoa do
tipo cidadã normal, não se percebe que tenha tanta preguiça de parar em
estações de serviço. Creio que se trata da abundância de ar condicionado nestes
locais sem magia nenhuma no momento de pagar, com oferta de espera em fila, a
certeza da pergunta sobre o meu número de contribuinte e os meus olhos a morrer pelo caminho nas capas das revistas que mostram coisas imediatamente entediantes (acumula
com o esforço de não me lançar aos chocolates).
Por isso penso que as
revistas deviam pôr nas capas, em todas elas, eu não me importava nadinha e até agradecia, aquela fotografia do Varoufakis
sentado no chão. Que bem que ele ficou.
(não há piada política camuflada, absolutamente nenhuma,
o que há é os meus olhos saberem ver as coisas tal como elas são)
Mesmo sentado do chão se pode ter carradas de charme. (apetece fazer-lhe miminhos, não apetece?)
ResponderEliminarBeijos, Susana. :)
Carradas mesmo, Maria, caramba!
Eliminar:-)
Beijos e bom fim de semana.
Queria Susana, já que abordou um tema tão pertinente - homens sentados no chão - (eu sei que escreveu ouras coisas igualmente interessantes, mas..), e porque penso que os meus olhos aprenderam a ver as coisas tal como elas são, propunha uma maior diversificação na escolha da imagem para as capas de revista. Não que esse tal de Varoufakis não "encha a vista", mas é sempre adequado complementar uma paisagem com outras igualmente inspiradoras (e também aqui não há qualquer piada política camuflada). Talvez outros olhos, exímios em ver as coisas tal como elas são, o que será, certamente, o caso da maioria das suas leitoras, possam dar sugestões? Confesso que não me acode nenhum nome do mundo da política, de momento.
ResponderEliminarUm beijinho, Susana (e desculpe os meus devaneios matinais)
Ora, querida Miss Smile, sugestões... hum.... Jonhy Depp? Nem sempre, eu sei, mas na pele de pirata sim. :-)
EliminarNão é tarefa fácil, eu cá aprecio mais facilmente pelo interior, é um problema, pois é. :-)
Um beijinho e obrigada pelos devaneios, gostei deles.
Óóhhh Suse, mas que vem a ser aquela maminha ali de fora?
ResponderEliminarA pessoas vai e vem e é isto....
Uvinha, só ficou uma de fora porque não arranjei com as duas...
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