26/09/2020
O processo de apalpação
24/09/2020
Um açaime, digo eu
Então liguei à GNR local e passei a mensagem. Expliquei, por exemplo, que em toda a minha vida é a primeira vez que tenho medo de um cão. Ele é altíssimo, descoordenado nos movimentos, penso que até perturbado na sua mente canina e – comprovado agora – morde as pessoas. Anda solto pela aldeia da serra, hoje em dia muito mais habitada, a horas em que a sua dona decide serem boas: os moradores estarão instalados no sofá a ver novelas muito cedo. Tanto que ela se engana. No dia em que corri para compor melhor a distância entre mim e o cão, os seus dentes cravados na minha memória quente, caí num monte de areia e enchi os sapatos dela. Por isso liguei eu agora à GNR local, uma vez que de todos os moradores da aldeia serei praticamente a única nativa e portanto dominando melhorzinho o português. Incluí, até, na minha súplica, a pergunta relativa a querermos nós (o agente da GNR meu interlocutor e eu) que o cão primeiro magoe, por exemplo, uma criança pequena a sério – visto que por enquanto só mordeu - ou vamos fazer já alguma coisa para evitar? Isto resultou. Os agentes visitaram no mesmo dia a dona do cão. Se a visita surtiu efeito não se falará mais deste cão aqui. Caso contrário é provável.
05/09/2020
Uma viagem à feira do livro
04/09/2020
A patine é certa como os impostos e não só (deve ser da idade)
O passadiço que corre quieto sobre o pouco de rio e que na primavera sofreu de uma falha nas tábuas transversais do piso conferindo um perigo ao local, já exibe o remendo que levou este verão em completo acabamento. Por diligência, alguém foi e, a tábua toda novinha era julho, a instalou bem ali, inserida entre as outras, calminhas, sabidas de embeber vapores ao caldo fluvial. Mas ela passou metade do verão espetando-se para sul, uma prancha toda para nada, exagerando num comprimento estimado por excesso. E eis que, já o sol nos dá setembro, o novo inserto de tábua (não pode uma pessoa ausentar-se três semanas) não só está cortada enfim na medida exata, como também revela o início do seu percurso de aproximação às vizinhas em cor e patine! Não fotografei o processo. Doem-me os olhos de muito os enfiar no pequeno ecrã. Olhei antes lá em baixo, toda a vez, os pequenos caranguejos aflitos, sobre leito de lodo morno, sempre laterais na abordagem, eu gostando assim muito deles e sem saber lá porquê.