a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

16/09/2018

Sem título

Quando terminei a leitura do conto “Enfermaria Nº 6” de Tchékhov ia no terceiro golo de café. Então fechei o livro para me dedicar exclusivamente à digestão do torcido no estômago, ainda que aconchegado nos três golos de café quente, mais quente. Não é cedo nem é tarde, é domingo. E esta é a forma boa, digo perfeita, de não entrar sozinha num dia estéril, vaporizado e dorido. Em cheio.


9 comentários:

  1. Disseste domingo, sozinha e estéril neste post. Há pouco estive mesmo mesmo mesmo para escrever um post que teria estas palavras, porque é domingo, estou sozinha e sinto uma nulidade no dia e na vida. Mas não escrevi. E agora, fazendo-me tu lembrar do que não escrevi no meu blogue, olha, venho escrever no teu. Sei que não te aborrece (alusão ao post anterior), se eu desconfiasse disso este comentário não existiria.
    Ah, e ao que parece o livro não acaba com os personagens felizes...

    Boa semana, Susana

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    1. Não só não me aborrece como até gosto muito que venhas aqui escrever, Gina. :-)
      O conto (não é livro, é conto) é uma espécie de murro no estômago do princípio ao fim, a dura realidade, na verdade. É bom ler esta honestidade assim crua, mas é também... como dizer?... amargo. E este conto caiu-me mal, fiquei a revolvê-lo.
      Um ótima semana, Gina :-)

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  2. Respostas
    1. Não sei se a pergunta é para mim, mas, lá está, sei que não aborreço. A flor, era para falar dela, era, mas esqueci-me. A primeira vez que dei com uma beldade destas foi em Itália, numa típica vila do Sul, Trechini. Fiquei extasiada com a sua beleza, nunca tinha visto tal coisa. Tirei montes de fotografias para ficar com uma ou duas, que julgo ter publicado no blogue. Tempos depois decobri que era a flor da árvore do maracujá.

      Beijinhos

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    2. Era para quem quisesse responder, por isso era para ti. :-)
      Se não fosse a nossa CCF dizer ali em baixo que esta era a flor do maracujá, eu continuava na ignorância. É de facto uma flor impressionante. Também eu lhe tirei muitas fotografias, de vários ângulos.
      E para o mês que vem ou no outro a seguir, espero lá ir ver se tem maracujás e se tiver está-se mesmo a ver o que vai acontecer. :-)
      Beijinhos também, Gina.

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  3. A flor é linda e é a flor da paixão, feita fruto dá maracujá. Qualquer coisa boa para domingos infelizes, quem não os tem?
    ~CC~

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    1. Querida CC, muito obrigada. Eu não fazia ideia que era a flor do maracujá. Acho-a belíssima, uma verdadeira obra de arte. :-)
      Um beijinho e boa semana.

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  4. é domingo de poesia, querida Susana, para receber o outono :)

    «A inexistência é oca como as máscaras e sua visão é lívida, mas tu ouves o grito das mães-d'água e acaricias os olhos que viram a inexistência.»

    Antonio Gamoneda

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    1. Minha querida flor, muito obrigada! É verdade, o outono! Costuma ser a minha estação preferida. :-)

      O meu foi um domingo de trabalho. Mas como eu amo o meu trabalho, tenho essa enorme sorte, foi também um domingo com poesia. Alindada ainda mais com o teu comentário. :-)

      Que tenhas uma semana cheia de poesia.

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