Gostava imenso de compreender o objetivo de se utilizarem
máquinas altamente barulhentas a roçar o torturantes para andar a soprar folhas
de outono e inverno (da nova coleção) de um lado para o outro na rua, sendo que
a deslocação não vai além de umas poucas árvores mais para lá (ou para cá). As folhas, ao
cair dos seus ramos, também caem na asneira de não escolher o local correto e preferido das
pessoas que mandam nelas. E por isso é que temos homens (nunca vi uma mulher
neste trabalho inútil) a soprar com máquinas ensurdecedoras (que
interferem com a saúde das pessoas num raio bem alargado) a fazer aquela
inutilidade (muito mais vale uma ascensorista!).
Mas, mesmo que seja absolutamente imprescindível soprar as
folhas da nova coleção (outono inverno) de um lado para o outro da estrada porque
quem manda nelas não gosta do local de queda escolhido, repetimos esta parte devido a estarmos incrédulos, então por
que não com uma vassoura? A pessoa que fizesse o trabalho com uma vassoura pouparia
os seus ouvidos, o desgaste físico de andar com uma barulheira daquelas, pesada, ao
colo toda a manhã (e vamos lá ver a tarde), não poluíria o ambiente e ainda conseguiria ouvir os pássaros cantando. Às vezes adorava ser ministra e
acabar com estas porcarias. Estas e outras.
(pronto, já desabafei)
devemos combinar a data para falar sobre as porcarias circundantes, mas com uma condição: falar sobre as belezas circundantes :)
ResponderEliminarComo a falésia à nossa beira, as ondas a bater no molhe, é que o vento as põe loucas, a água salgada em salpicos perdida a esborrachar-se no vidro atrás do qual nós nos ouvimos com um copo de vinho tinto na mão..
EliminarTu deves ser uma boa ouvinte, alex. :-)
Compreendo que as folhas devem ser retiradas das zonas de passagem e varridas para não caírem nos esgotos e grelhas e entupirem os canos mas eu adoro um belo passadiço atapetado de folhas da nova coleção :)
ResponderEliminarTambém eu compreendo, GM. Mas porquê mudá-las primeiro de sítio com uma barulheira daquelas tremendas?!
EliminarMistérios.
Beijinhos, GM e bom fim-de-semana.
Que é feito da dona deste estabelecimento?!
ResponderEliminarBeijinhos
~CC~
Querida CC, muito obrigada pelo cuidado.
EliminarA dona do estabelecimento está bem, apenas não tem podido mesmo cá vir escrever nadinha, com muita pena sua.
Beijinhos também. :-)
...Entretanto, o tempo foi passando. Nas lojas, nas ruas, os primeiros salpicos da coleção primavera verão, havia até quem tivesse ido a correr desnudar-se para a praia à primeira ultrapassagem dos vinte graus nos termómetros, mas, a voz à solta, tinha ficado presa num dia de inverno, passava, então, naquela correria, que só eles, o ano dois mil e dezanove.
ResponderEliminarNão tenho um blog e até nos comentários sou económica, por isso fiz, numa dada altura, este pacto comigo de não vir pedir a ninguém com blog para mexer com ele, que grande lata seria essa minha de pedir aos outros uma coisa que não dou, que não tenho para a troca, mas, dizer que tenho saudades de "movimentações" no "estabelecimento", não é assim uma lata tão grande, pois não? Não, acho que não, dizer que tenho saudades, pode. Por isso, estou agora aqui de regresso ao passado, vim contar da saudade presente.
Também deixo beijinhos para a "dona do estabelecimento" que, espero, continuará muito bem.
Minha querida Cláudia, muito obrigada pelo teu comentário. E por sentires falta de movimento neste blogue. Já somos duas. Também eu tenho saudades de poder aqui vir com a frequência com que antes vinha.
EliminarPara não começar a desfiar na praça pública as minhas penas, que na verdade são penas boas, aproveito teres falado no passado e pergunto: já leste um livro da Daphne du Maurier chamado "A casa na praia"? A mim este livro hipnotizou-me. Talvez tu não gostes, mas quem sabe também mergulhas totalmente nele, como eu.
Um abraço apertado e boa continuação aí desse lado. :-)
Sabes uma coisa, agradeço-te mesmo, mas mesmo a sugestão. Lembro-me que já comentei aqui o quanto gostei de "Rebecca", lá está, aconteceu-me essa tal situação de mergulho, e, sim, ficou-me água na boca para ler mais coisas dela, mas ainda não aconteceu, e não aconteceu porque tenho toda uma lista de clássicos que quero e acho que já devia ter lido e ainda não li e estou a dar-lhes prioridade, e eu leio devagar e com intervalos, andei mergulhada no "Fio da navalha", mergulhei mesmo, (não sei se leste e se gostaste ou não, e agora que estás sem tempo não precisas de vir responder, responde só quando puderes e se te apetecer), agora vou começar a ler, finalmente, "Madame Bovary" (estás a ver as coisas que ainda não li), a seguir, está cá a parecer-me que essa casa na praia vai ser um daqueles casos de ultrapassagem de lista, uma fortíssima probabilidade :-), depois conto-te.
EliminarRetribuo o abraço e o desejo de boa continuação.
Ah, mas para te responder tenho tempo :-)
EliminarO Fio da Navalha (Tomas Mann?) ainda não li, mas acho que o tenho na estante.
A "Madame Bovary" li precisamente há 4 anos e foi um livro que teve momentos de aborrecimento e no fim me deu um enorme murro no estômago. Não mergulhei nele, mantive-me a observar a cena de longe. Mas não me arrependo de o ter lido :-)
Então agora conto-te uma história: enquanto estava a ler "A Casa na Praia", fui um dia ver o treino de vólei da minha filha e levei o livro (para me entreter entre umas bolas batidas e as seguintes), e tinha-o pousado no banco ao meu lado. Um dos outros pais que lá estavam a ver o treino veio ter comigo e disse-me que a Daphne du Maurier era a escritora favorita da mãe dele, de tal modo tinha sido, que a irmã mais velha deste senhor (ele já rapaz a chegar aos 60 ou coisa parecida) se tinha vindo a chamar Dafne. Eu disse-lhe da minha curta história com a Daphne du Maurier ao que ele retorquiu que nunca a tinha lido, mas achou engraçado encontrar um livro dela ali, no gelado do pavilhão desportivo onde se joga vólei de vez em quando).
Sim, depois conta. :-)
E uma resposta com direito a uma história e tudo! Obrigada :-)
EliminarO fio da navalha (William Somerset Maugham)
Depois conto :-)