a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

16/07/2024

Um dia na serra

Hoje tive seis reuniões e quase não consegui trabalhar a sério, ainda que algumas tenham sido rápidas e todas remotas. Quando no fim do expediente fechei o computador, queria completamente outra coisa. Algo simples. À hora de almoço colhera do terreno as ameixas da manhã e trouxera-as para dentro, quentinhas de estarem ao sol. Já íamos em vinte e cinco. Parece pouco para ameixas, mas é muito. Elas são grandes como bolas de ténis. Ora pela tardinha, esse chão que dá ameixas já dispunha de mais algumas e por isso tomei medidas. Fui buscar dois sacos. Meti-lhes dentro exemplares inteiros - quer dizer, não semicomidos por gaios, melros e formigas enormes.
Saí para a rua. Pendurei o primeiro saco na porta dos vizinhos da frente que estão cá de férias, e o segundo na dos vizinhos ingleses que estão cá sempre, fizeram um brexit ao contrário. Enviei mensagens a ambos a avisar das ameixas e, enfiando os auriculares com fios* nos ouvidos, pus-me a andar dali para fora da aldeia em direção ao pôr do sol na estrada de terra. Liguei para uma filha e depois para a outra. Estão ambas a espalhar beleza em Lisboa, mas quem me dera tê-las aqui.

* ah pois. 

4 comentários:

  1. Gostava de ser sua vizinha:) Abraços

    ResponderEliminar
  2. E eu também! Seríamos as três vizinhas!
    Tanto que haveria para partilhar.
    Um abraço para as duas!
    Sandra Martins

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, seria muito bom com certeza!
      🤗 Toda a gente que vive nesta aldeia (já somos uns 12) permanente ou intermitentemente, gosta muito.
      Um abraço, Sandra.

      Eliminar