A prometer um cansaço no fim da semana, uma dorzinha qualquer.
Não muito grande, pequena. Fácil de combater.
Por exemplo, à noitinha, já no comboio doido, resfolegando-se nos metais, nas peças móveis, em todo o seu material circulante, as botas desaparecem.
Encostarei a cabeça no ponto mais distante delas, talvez de olhos fechados.
E lembrar-me-ei dos jacarandás à espera de junho, das paragens de autocarro com teto alusivo à primavera.
Coisas destas.
E sorrio toda cá no escuro de mim, porque sei perfeitamente que chegou a minha vez.
(está um dezembro avançado lá fora, cheio de hoteis e luzinhas de natal, e um calor desgraçado aqui)
Nunca mais consegui usar calçado com salto, ainda hoje me admiro com as que sobraram cá por casa...quem era eu, pergunto-me...alguém que se sentia pequenina por certo. Agora ainda me sinto, mas já não me importo. Boa viagem de regresso, boas festas na serra, que brilhem as luzes, as de dentro e as de fora.
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