a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

11/01/2018

K.

Primeiro, ando admirada comigo por admirar tanto uma mulher pela sua superior elegância e também ando há tempos para contar isto no blogue, mas bem. Vejo as fotos dela quando me aparecem entre ecrãs do computador a acompanhar parangonas, a minha mãe é que diz muito parangonas. Que mulher elegante aquela, como nenhuma outra! Segundo, hoje fui à minha última reunião de pais em escolas de filhas – a menos que ainda venha a ter mais algum (bastante perto de impossível).

Chego atrasada uns minutos à reunião e eu detesto tanto chegar atrasada. Entro na sala sem fazer barulho, olho a professora daqui em diante designada DT (diretora de turma) para lhe pedir desculpa pelo atraso mas ela ignora-me totalmente de modo que peço desculpa para o geral. Considero uma falta de respeito chegar atrasada seja ao que for e eu estava a faltar ao respeito, mesmo que sem querer. Andam a fazer uma ciclovia junto à escola, ciclovia essa que tem vindo a comer lugares de estacionamento ao pequeno almoço e a escola foi e optou por combinar as reuniões de pais todas para o mesmo dia, portanto o meu carro ficou estacionado para lá de longe. Mas a reunião desta vez não serviu para nada. Esta nova DT está claramente com pais pelos cabelos, dado o despacho que deu ao encontro, sem um sorriso, sem um calorzinho, sem um tentar saber de que filhos somos nós pais. Apresentou em gráfico de barras a estatística das notas da turma, que não são nada de se deitar fora as notas desta turma, e depois disse mais umas coisas às duas mães que lá se atreveram a levantar questões, embora questões absolutamente vazias (talvez se eu fosse professora também estivesse com pais pelos cabelos, talvez). A reunião terminou mais rápido que sei lá o quê, eu nem devo ter aquecido a cadeira e já me estava a levantar, empatia no zero, mas como eu tinha falhado na minha parte, que era só e apenas chegar a horas, ponho-me quieta no montinho em torno da DT à espera de vez, há sempre um montinho em torno de DTs no final das reuniões, com o intuito de me desculpar pelo atraso referindo vagamente a ciclovia e me apresentar como mãe da Saminhas, visto que ainda não nos conhecíamos a DT e eu. Ela despachou o restante do montinho com o mesmo avio com que fez a reunião e chegando a minha vez ainda perguntou se era rápido, é rápido, eu digo o que já sabemos que vou dizer e é num instante: uns dez, vá, quinze segundos bastaram, após o que ela emite apenas que as ciclovias não servem para nada, nem aqui nem por essa Lisboa fora, as ciclovias são inúteis, ponto. (next!) Desejei-lhe ainda um bom ano (muito rápido) e saí. Há professores e professores, evidentemente. Esta é completamente estéril com pais de alunos. Mas como é uma excelente professora de matemática e é na verdade só isso que interessa, tem direito a post.

Chegámos então ao ponto em que me cabe dizer quem é a tal elegância de mulher, impossível batê-la, sinceramente. Mas como é facílimo de adivinhar para quem estiver para brincadeiras, fica apenas a sua inicial: K.


(e a primeira pessoa que quiser completar o nome aqui em baixo pode escolher o tema do próximo post, sendo eu capaz)

17 comentários:

  1. É pena a DT ser tão trouxa com os pais. Apesar de ser uma boa professora de matemática, sua função principal, os pais são fundamentais na educação do aluno e podem ajudar ou desajudar em vários aspectos; além disso, a DT é a ponte entre pais e escola, no interesse dos alunos. Mas pronto, a senhora está farta. Também é verdade que os cargos de DT se dão aos professores não pela competência que tenham para os exercer, mas para completar horário, para ficarem com menos uma turma, para.
    Quanto à K, não palpito. Vejo pouco as notícias e nem dou por essas espectacularidades. Mas se é linda de morrer - e mesmo que não se morra - há que olhá-la. Faz bem aos olhos. Lava.
    Vou esperar palpites de gente mais abalizada.

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    1. E também é verdade, bea, que os pais neste tipo de reuniões, por vezes, são quase insuportáveis. Eu, em geral, admiro muito os professores e a paciência que têm. Esta DT é diferente, mas os meninos também já são crescidos e na verdade já não fazem falta reuniões destas só porque sim. Acho eu, claro.

      Já recebi a resposta certa sobre a K., bea, mas o comentário não ficou aqui (não sei porquê). Mas aguardemos mais um pouco, pode ser que mais alguém queira palpitar, realmente.

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  2. Cristina Silva, claro que é Bingo!!
    Não sei por que não ficou aqui o seu comentário, mas como foi a primeira (e única até agora), pode avançar, caso lhe apeteça, o mote para o próximo post, desde que dentro das minhas capacidades, claro. :-)
    E seja bem-vinda!

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    1. Só vi agora que fui a primeira. Mas não vou propor um tema, deixo à sua consideração, gosto sempre do que escreve.
      Beijinho.

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    2. Não só foi a primeira como a única, Cristina :-)
      Obrigada.
      Outro beijinho.

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  3. Cara homónima, venho aqui contrariar uma ideia transmitida pela bea, quando diz que as direções de turma são atribuídas para completar horário. Onde estou não é assim: eu não precisava que me completassem horário e apanhei com duas turmas ao meu encargo, mais as outras 4 de que sou "apenas" professora. E como não me conheciam de lado nenhum, não deve ter sido pela minha competência. :)
    Não me identifico nadinha com o estilo de DT dessa colega que descreves. Adiante...

    Deixaste-me curiosa com a K. Afinal quem é?

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    1. Querida homónima, é bom saber que os "teus" pais de direção de turma são tratados com mais calor humano :-)

      Bem, vou desvendar a K., pensava que era muuuuito fácil dado que ela se destaca tanto (a meu ver, claro) :-)

      Kate Middleton.

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    2. Olá Pseudo
      não afirmei que era regra ou, se o fiz, não era isso que queria dizer. Admito que haja escolas onde os cargos sejam dados a quem tem perfil para os exercer. Mas, e não tem de ser por malevolência, aquelas onde, por exemplo, a mobilidade de professores é grande, obrigam a escolhas no escuro.
      Dado que diz que as duas direcções de turma não foram para completar horário, dou-lhe os parabéns, tem quatro horas extraordinárias (pelo menos). Mas, sendo uma boa DT, tudo se aproveita (o que também vai ter é muito trabalho de certeza; sobretudo se as direcções forem do 5º ao 9º ano). E um bom ano escolar para si:).

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    3. (é tão bom quando as minhas leitoras - e leitores - conversam aqui nas minhas cadeiras, minhas quer dizer, nossas)

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  4. Humpf... vim aqui ver se alguém já tinha desvendado o mistério e nada! É que agora quero muito saber quem é a K!

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    1. Querida Palmy, olha que tu vamos lá que não ficas nada atrás da K., não.

      Kate Middleton. :-)

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    2. Claro! Eu e a Kate somos praticamente gémeas! Perguntam-me imensas vezes se eu sou a irmã mais nova dela! :DDDDDDDDDDDD

      E concordo contigo, das realezas é sem dúvida a mais elegante!

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    3. Ó Palmy, tu fazes-me rir - como quase sempre - mas olha que eu não estava a brincar.
      Tu tens muita elegância, pelo menos aqui na blogosfera - e nem preciso de te ver (sem ser aos bocados, como às vezes mostras :-))

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  5. A sério que a acha muito bonita? A mim, nada me diz. Espreite lá a nossa Sara Sampaio e veja se não o é muito mais, bairrismos à parte.
    ~CC~

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    1. Eu não disse muito bonita, eu disse muito elegante, que é um pouco diferente. A Sara Sampaio é muito bonita, sim.
      Mas esta - quanto a mim - é extremamente elegante. A beleza recebe-se ou não da mãe natureza - nada a fazer. A elegância é mérito próprio, é uma atitude, uma forma de estar, um todo. Uma mulher pode ser feia e extremamente elegante. Ou um homem.
      Mas a Kate Middleton é muito bonita, também.
      Acho eu, claro :-)

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