a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

03/04/2018

Vácuo

Com saudades do tempo velho, fui
vê-lo dentro dum livro, dormia
fundo eu, com ele, 
no sofá o tempo que cobra, me cobre e
tu não sabes, quem sou, não sabes
mas Sabes, abriu-se o livro 
numa página inteira, toda Eu
leio e leio só 
que depois cortou, caiu
o marcador acordou 

“Autores que não perdoam” *

Pífio. Corta.

(* o pindérico slogan dos marcadores da Quetzal, nem parece dali)

4 comentários:

  1. Epa! Isso de poesia é novidade, certo? Que ótimo

    PS: se bem que já havia poesia por aqui, mas não assim cortada em versos

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  2. Querido Evandro, permita-me discordar. Eu aqui só vejo realmente poesia ali no título, e com boa-vontade. :-)

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  3. Respostas
    1. Este textinho não é um poema, Diogo, como sabes, porém o teu comentário teve o mesmo efeito em mim, obrigada :-)

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