a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

15/06/2018

Enfim o post mínimo

Se chamamos à capa de um livro, capa de um livro, chamamos à capa da capa do telemóvel, capa da capa do telemóvel. Um esquisito português este, é certo, mas corretíssimo. E já a seguir usado para expor o seguinte (o post é mínimo). O meu cartão do cidadão mudou-se da minha carteira que pede adjetivos tais como velha, gorda, cheíssima, pesadíssima e também disforme se não bojuda, para uma bolsinha do verso da capa da capa do telemóvel. O meu cartão do cidadão beneficia agora de uma janela, mais arejamento, vai-se virando tanto a sul como a norte, exposto à luz natural ou eletrónica e percebe-se perfeitamente porquê. Mais: ouve as conversas. É um cartão do cidadão que prezo apesar de ostentar nele uma fotografia de mim própria incrivelmente horrenda que está de castigo virada para o lado de dentro da bolsinha do verso da capa da capa do telemóvel.

Também tenho uma coisa para contar da feira do livro, mas hoje não (este post é mínimo).

4 comentários:

  1. Também já me ocorreu virar o meu para dentro, mas depois confundo tudo,quero o CC mas tiro a CC... E descobri agora que até as iniciais são iguais :-)

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    1. Por isso é que eu guardo os meus CC em lugares distintos, não vá eles lá no escurinho da carteira trocarem de identidade ou tipo isso. :-)

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  2. A fotografia do meu CC também me desgosta terrivelmente. Julgo não conhecer ninguém satisfeito com essa componente do CC. Nem essa nem a assinatura que fica uma coisa estranhíssima. Uma pessoa não se reconhece naqueles gatafunhos. :)

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    1. Acho que ninguém fica satisfeito com a sua foto, realmente. Deve ser porque não nos deixam sorrir para a máquina e nós fomos ensinados a sorrir para fotos - ficamos com cara de poucos amigos. Uma falta de criatividade, mas é. Burocratas!
      :-)

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