Há um saco de ervilhas geladas a aguardar o naco de frango
ingénuo que se estende nas mesmas condições ambientais destinado a uma sexta
feira ou algum instante imprevisto.
Na descida em direção ao rio noto que o dedo do pé recentemente
acometido daquela última dor sem querer está aconchegado e aí confirmo pelo
canto do olho esquerdo o stock de vasinhos de pimentos coloridos en el kiosk.
Mas este quiosque é esse mesmo! Na volta, já quase a esbarrar
com a procura das chaves de casa, desenfio os auriculares dos ouvidos para comunicar
na manhã ainda fresca. Se faz favor aquele vasinho dos pimentos laranja e logo depois,
enquanto se processa a troca, dedico-me ao papagaio!
(o naquito de maçã que esta ave comunicadora de ideias fixas segura na pata esquerda fui eu que lhe estendi, hã?)
Bom dia:- Gosto muito desta ave.
ResponderEliminar.
Deixando cumprimentos.
Eu também. É um bicho muito bonito, apesar de falar demais.
EliminarCumprimentos retribuídos.
Esta maravilha de fotografia, mais o contexto dela, fez-me querer contar-te:
ResponderEliminarTinha família em Évora, então, a primeira vez na vida que me senti assim muito ufana de independência, de malas aviadas para longe (longe dos pais, a passar férias :-)) tinha seis anos. Quinze dias de férias da Páscoa em Évora (as primeiras de muitas outras, por isso, para além de linda de morrer, Évora está-me cravada no coração como a segunda cidade da minha vida. Então, tal como acontecia, e ainda acontece, em bairros lisboetas, Évora, bem mesmo quase no centro dela, também tinha aqueles lugares em que os vizinhos são extensão da família. Foi então que conheci a catatua da Dona Catarina. A catatua, tinha um nome muitíssimo coerente, chamava-se Catatua. E o que eu adorava visitá-la, é que ela dizia "Olá!" e era assim um "Olá!" cheio de intenção, sabes, parecia mesmo que tinha vontade de dizer, e, depois, também fazia aquela coisa, para mim, para lá de extraordinária, que era chamar o nome da Dona, com todas as letras, e, ainda lhe juntava um "ó", mesmo na altura certa: "Catarina, ó Catarina, Catarina". Como se isto não bastasse para deixar-me extasiada, ainda dizia, às vezes, (devia ser quando lhe apetecia mesmo :-)) esta coisa maravilhosa: "Catarina, ó Catarina, quero chá". Não é maravilhoso?
E, a Dona Catarina, era uma senhora antiga de uma gentileza, sensibilidade e doçura...Olha, lá está, sem falta de chá!
(ai, entretanto, meteu-se o telefone e alguém a querer dizer coisas de viva voz. Pronto, vai agora, a história real para ti)
O resto de uma semana o melhor possível! :-)
Eu adoraria ouvir essa catatua! Este exemplar aqui representado diz sempre a mesma coisa, emite um som parecido com um portão a ranger, perro, muitas vezes por minuto. Até a dona do quiosque comentou comigo que ele não diz nada de jeito. Mas enfim, é bonitinho, pelo menos. :-)
EliminarEm janeiro visitei a Universidade de Évora e fiquei impressionada com a beleza do edifício, as histórias gravadas nas salas de aula do claustro, os corredores, a biblioteca. Lindíssima!
Obrigada pela tua história, Cláudia, adorei "conhecer" a Catatua! 🐦
Já tinha saudades desse seu papagaio, uma verdadeira personagem deste seu blogue:)
ResponderEliminar~CC~
E eu que andava há tanto tempo para tentar uma aproximação a ponto de o conseguir fotografar!
EliminarAcho que, apesar de preso, é um papagaio feliz. :-)
Obrigada, CC.