Marcámos encontro para hoje, para hora incerta desde que durante a tarde, o novo router e eu. Sabendo já de muitos anos a virar frangos
destes, que routers novos e afins vindos de provedores de serviços em massa nem
sempre comparecem aos encontros, especialmente se o encontro me obrigar a percorrer
duzentos quilómetros para cima e depois os mesmos duzentos para baixo, pelo sim
pelo não, antes de a tarde do encontro marcado se extinguir, e porque do router
nada, telefonei para um número daqueles. Daqueles que nos devolvem um menu de
escolha, se é serviço de televisão prima um, se é de telefone prima
dois e por aí fora fui premindo até me quedar de música ao ouvido,
o David Bowie e tempo de espera aproximado dois minutos, mas foram dez, e ele a cantar a mesma coisa tantas vezes, logo o David Bowie que eu, caramba, o David Bowie não.
- Registamos a sua insistência, minha senhora, talvez tenha havido algum atraso.
Agora não sei se o meu problema é ser demasiado agradável com as pessoas
dos call centres, talvez me não levem a sério, sabe-se lá; que já vi lugares em que quem mais grita e mais maltrata, mais respeitado
é, isso já vi. Mas como sei por observação de quem teve de agarrar um call centre porque nada mais houve para agarrar, quem teve humilhações e lágrimas e
soluços e desespero e sofrimento ali à minha frente, nos meus braços, eu sei, que
quem trabalha num call centre tem uma alta probabilidade de ser profundamente
infeliz, sou eu agradável por opção.
Ou seja, o novo router não sabe o que perdeu.
Mas eu mostro:
Eu também fazia duzentos quilómetros para não faltar a um encontro desses... que maravilha de "router", Susana. :)
ResponderEliminarUm beijinho e bom Domingo. (suponho que estivemos as duas à mesma hora a olhar para o céu; estava qualquer coisa de espantoso)
Quando chegamos ao ponto de precisar de internet como precisamos de quê, de rir e de corar, por exemplo, coisas quase vitais, ficamos assim agarrados a routers. :-)
EliminarDisse-me a minha filha que ontem muita gente publicou o pôr-do-sol no instagram. Estava, de facto, de cortar a respiração.
Um beijinho, Teresa.
Esmagadoramente belo!
ResponderEliminarBeijos repenicados, Susana :)
Espero que também o tenhas podido ver daí, Maria :-)
EliminarBeijinhos de volta.
Confesso que não entendi a conversa do router e dos 200km, mas também não era para mim, portanto está tudo bem. a foto é fixe. Mas o que eu ontem vi também era lindo, só que não fotografei: uma lua enorme enorme a branquejar por entre os arbustos. Até parecia próxima. Gostei mesmo.
ResponderEliminarEsta conversa do router vem de uns posts atrás, bea. :-) Nem sempre tenho um assunto interessante sobre o que escrever e então vai de me debruçar sobre estas minudências do dia a dia. :-)
EliminarMas podia, isso podia, ter antes escolhido a lua, que esteve maravilhosa.
esse cenário foi generosos, pois mostrou-se também aqui nessa plenitude. aqui, é em Coimbra. fiquei só queda, a olhar, e não me ocorreu agarrá-lo assim, dessa forma. uma vez feito, fico agradecida. hei de vê-lo quantas vezes eu quiser. posso, não posso?
ResponderEliminarbeijinhos, Susana.
Querida Mia, esta foto que postei aí em cima foi tirada a cerca de 40 km de Coimbra, para sul. Portanto vimos o mesmo pôr-do-sol que podes, claro que podes, rever aqui. :-)
EliminarBeijinhos, Mia.
Se calhar o router também se deixou ficar a contemplar um pôr do sol, algures nos não sei quantos quilómetros de distância a que se encontra. Por isso falhou ao encontro. :)
ResponderEliminarProvavelmente, luisa.
EliminarHaverá de ser engraçado quando as máquinas que construímos (para não estar aqui a particularizar com o router, falo no geral) adquirirem alma sem a gente saber como e se quedarem como nós a admirar os pores do sol.
:-)