Não querendo ser insistente ou aborrecer alguém, cá estamos de novo.
Uma certa tarde de um junho recente, encarei de frente, sem medo, uma estante de livros mais para o pequeno e aí, inclinando o suficiente a cabeça, sorvi-lhes o suco das lombadas. Digo sorvi porque foi essa a verdade embora em silêncio. Rodando a estante, que era das de rodar, mas pouco, fui andando assim até que um dos títulos se quis atravessar no processo de aspiração - como dizer o ato de sorver em substantivo? portanto aspiração serve - então vou e alcanço-o com a mão para o arrancar dali. Abro-o. Era um livro de poesia, precisamente tal como eu já desconfiava. Uma poesia desconhecida para mim, mas isso são muitas muitas. Dei os olhos à primeira linha e depois sucessivamente até engolir ali mesmo em pé o poema todo sobre a página, sem mastigar. Caiu-me como uma pedra. A pancada deu-se em seco no fundo da minha alma doente do calor e do junho. Ou será doente de não saber digerir um poemazinho que se estende largo sobre uma página de um livro mais para o pequeno saído de uma estante que roda mas pouco? É tramado.
(enfiei o metidinho do livro no lugar dele e saí dali a resmungar mas confirmei que os poemas têm eles próprios alma, cada um a sua, querem existir e escolhem quem os vai escrever - ah confirmei!)
Pois se estamos dois marços à frente e temos tanta atualidade de que falar, por que veio este assunto meter-se onde ninguém o chamou?
Já li este texto três vezes, Suzy Maria, e fico sempre com a vontade de dizer alguma coisa, mas acho nada não sei o quê...
ResponderEliminarBoto Like :)
E não é que disseste tanto? :-)
Eliminar(como vai o MB?)
:))
EliminarCom saudades da tua Miss Marbles ❤️ tadinho...
Mas a MM quer uma foto desse loirão de olhos verdes (para usar as tuas palavras)!! E eu também!
Eliminar(é lindo, ele)
ahahahahahahah, coincidência ou não, publiquei uma :)
EliminarEu vi! Por isso é que vim aqui manifestar os ciúmes que temos deste lado, humpf!!!
Eliminar:-)))))