a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

21/07/2015

Um post fofinho, mesmo fofinho? por aqui, se faz favor

Como se torna habitual em situações diversas, comecemos por explicar o que não é um post fofinho. Um post fofinho não é um post que ta ta ta sobre o amor e na na na sobre as mulheres e pa pa pa sobre o cair em amor pelas mulheres, não. 

Um post fofinho é aquele que nasce doce, directa e naturalmente (como o sol) do encontrar de soluções práticas e eficazes para problemas do quotidiano (que à primeira vista enfim). A expressão “oh que amor!” vai ouvir-se agora, em cascata crono-geográfica, precisamente após o que vamos ver a seguir com atenção.


A cena parece parvíssima. Mesmo que não quisesse, tenho de me contentar com a passagem pela minha sala da mulher que faz a limpeza, mal, lá no escritório. Por exemplo deixa as baratas à solta no chão da casa de banho, eu deixo-as também, mas primeiro ai desculpem, julguei que estava livre e mudo de casa de banho. Outro dia a mulher apanhou-me pelas costas quando me ausentei por motivos inadiáveis e vai de lançar-se ela mais a esfregona encardida sobre o meu chão, meu quer dizer (mas percebe-se), deixando tudo molhado e a cheirar mal que se farta, como se estivéssemos dentro de catacumbas com ratos podres e nós a saber que as listas de compras podem perfeitamente comportar esfregonas novas. Fiquei de mau humor até o chão secar e nem mais um minuto, após o que, suspirando, tomo nota para lhe trazer um bonito ramo de cinco esfregonas de cores diferentes, deve dar até ao Natal. 


Portanto um post fofinho não é um post que ta ta ta sobre o amor e na na na sobre as mulheres e pa pa pa sobre o cair em amor pelas mulheres, não.

Isso é, verdadeiramente, um pedaço de poesia em bruto, acabada de colher de dentro de um coração que se adivinha puro, vem por esculpir, por lapidar, por maquilhar. E depois vê-se que não precisa.


Então? É ou não é fofinho o meu post?

12 comentários:

  1. O amor faz coisas destas às pessoas!

    Beijos, fofinha. :P

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    1. O amor, pois faz. Destas e doutras coisas às pessoas.
      Beijos para ti também, fofinha tu. :-)

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  2. Ui, alguém estava com os azeites quando o post foi escrito. :)

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    1. Mas era um tipo de azeites com uma acidez muito baixa, era era. :-)
      Beijinho, minha Homónima.

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  3. Bem, um diamante em bruto pode ser, assim por alto, um bocado de carvão. Mas oferecer um bocado de carvão a alguém nunca deu direito à mesma reacção que oferecer um diamante.

    Portanto, às vezes não é a história nem o final da mesma, é o processo e a percepção de valor que as pode tornar fofinhas.

    Bem, agora deixa-me ir ali atiçar as brasas com os bocados de carvão que tenho recebido ;)

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    1. Isso de receber bocados de carvão torna-se muito mais útil que receber diamantes. Aqueles podem aquecer toda uma família quando incandescentes, ao passo que stes apenas brilham muito e enfeitam os dedos. Bom ponto, Mak. :-)
      (Gosto muito de te ler)

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    2. Para além de aquecer famílias, há que não esquecer que todo o macho se apaixona pelo conceito de ser mestre da grelha e o carvão pode dar jeito para mostrar talento.

      (obrigado pelas palavras, eu nem sempre gosto muito de me ler mas ando a resolver isso - revejo menos aquilo que escrevo e assim sobra tempo para comentários idiotas em blogs alheios) ;)

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    3. Ah, bolas, tinha-me esquecido disso de um macho virar mestre à grelha. De facto é, e obrigada por me teres refrescado a memória. :-)

      (outro bom ponto: se cada um de nós gosta ou não de se ler... de qualquer forma, ainda bem que te sobra tempo :-))

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  4. Achei este post maravilhoso e...desatei a rir... ai...talvez seja muito pouco apropriado, isto de desatar assim a rir...afinal trata-se de um assunto sério, isto do post fofinho, o legitimo, surgir assim de atalhos inesperados e andar misturado com baratas e esfregonas fedorentas. Mas, ainda assim, a verdade, é que desatei a rir. Em minha defesa tenho a dizer que o riso, surgiu-me "directa e naturalmente (como o sol)"...penso que assim estou desculpada… a ver vamos…

    Beijinhos Susana (Andas tão inspirada, é com cada post, que bom)

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    1. Minha querida Cláudia, tudo o que nasce directa e naturalmente (como o sol) não é passível de ser desculpado, nasce sem culpa e é o que de mais lindo temos. E brilhante, no caso do sol.
      Eu tenho de dizer que me agrada sobremaneira saber que te fiz rir.
      Beijinhos, Cláudia (muito obrigada).

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  5. Tu é que és fofinha por dentro e isso vê-se por fora.

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    1. E agora? como se responde a um comentário destes?
      Tu nunca me viste por fora, Uva. Se calhar até sou nada fofinha. :-)

      (gosto de te "ver" de volta! para te mandar um beijo, dos repenicados)

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