a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

11/06/2019

Prós e Contras

Então fui e deixei-me estar a ver a televisão. Tudo ali em meu redor, aguardando: a pilha de livros comprados na Feira, a manta no sofá a descair de lado como agora se usa muito (vê-se nas revistas de decoração as mantas a descair dos sofás para o chão, das camas e das banquetas, completamente sem querer), e ainda os óculos de ver ao perto, o computador enviesado, aberto, quase ele também a descair do sofá que nem a manta, mas ele, cuidado, agora só tenho este desde que me roubaram o outro! Então vi televisão como deve ser e foi bom. Tão bom que fiquei até ao fim do programa sem sair do meu lugar para ouvir a Luísa Costa Gomes, o Onésimo, o Afonso Cruz, entre os outros (o Nuno Camarneiro, parecendo que não, fez o mesmo curso que eu, já desconfiava disso mas confirmei). Até aqui tudo bem. E depois daqui também: levantei-me sem deixar descair o computador para o chão, a manta não se mexeu, está habituada a conferir estilo estático aos sítios, enfiei-me na estante virada a norte e fui lá debaixo ressuscitar o único livro da Luísa Costa Gomes que vive cá em casa desde que a minha avó morreu, era dela e é de contos. Devo ter sido eu a oferecer-lho, ainda em escudos. Abri-o, explorei-o, pedi-lhe praticamente desculpa por não o ter feito antes. Depois coloquei-o em cima da pilha acabada de vir da Feira, uma pilha em euros, não muitos, apaguei as luzes e fui-me deitar uma vez que já era tarde.

3 comentários:

  1. Já não passava por cá há muito tempo. Hoje no meio do sossego da planície, fiz aquilo que já era para fazer há uns tempos, não há surpresas a Susana continua a escrever boas histórias, reais.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá! :-)
      Também eu já não passo cá como dantes.
      Muito obrigada pela visita e pelo comentário!

      Eliminar