a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

04/09/2013

Avozinha

Estou com remorsos.

Disse, há dois posts atrás, que não morro de amores pelos e-readers ou livros electrónicos. Magrelos, insípidos, artificiais, esconderijos cínicos da leitura dos outros, etc, está bem, pronto, vou parar.

É que há tecnologia de que gosto mesmo muito, e isso é preciso esclarecer, não vá a minha amiga Marina voltar a dizer que estou uma avozinha.

Lembro-me por exemplo, assim sem pensar muito, dos correctores ortográficos. Essas maravilhas dos editores de texto que arrumam as letras que os meus ansiosos dedos trocam de lugar, não obedecem à minha mente que emite palavras em catadupa, e tal, mas correctíssimas aqui dentro do meu pensar. E que ficariam injustamente mal escritas, não fosse o corrector corrigir.

Portanto, a condição de avozinha ainda não está perto: gosto dos correctores ortográficos. Já me safaram de certos embaraços e isso é de louvar.

No entanto, já agora que viemos até aqui, vai o resto: uma ocasião houve em que o corrector não percebeu as minhas alegres intenções e não corrigiu.

Eu, por altura do Natal passado, desejei, por escrito, aos meus prezados contactos profissionais,

Um Ano Novo cheio de alergias.

E agora estou com remorsos.

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