a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

13/09/2016

Temos internet mas não temos pionés

No orificiozinho do router espetei: a parte de trás do meu brinco, um pionés amarelo que termina em pico, o pé de um fósforo (mas não entrou) e o bico de um lápis de cor cor de rosa, em que cor aparece duas vezes, mas as palavras volta e meia andam a brincar. Eu não ando a brincar. Ando com o hotspot no telemóvel, coitadinho, que fica exaurido num instante e precisa de se ligar à tomada amiúde para servir de wifi ao computador e o meu trabalho continuar a fluir. Trata-se de coisa séria entre eles dispositivos, isto quando o design da montanha deixa a cobertura cá chegar ao hotspot, que é às vezes e já voltamos ao router. Nada funcionou, nem os cinco telefonemas com o provedor de serviços nem os espetanços acima expostos no orificiozinho com a boa intenção do reset de fábrica instruído ao telefone, o observar das luzinhas, se apagaram, se acenderam e de que cor são? Mau: o router está que não faz de router anymore.

E já que é impossível escrever este post cem por cento português - temos post, temos router, temos hotspot, temos wifi, temos reset, temos design e temos pionés - pus-lhe ali também o anymore e acabou-se.


(post desatualizado, escrito no fim de semana e na ausência de acesso franco à internet – temos internet – e também na dúvida relativamente ao pionés – mas não temos pionés)

12 comentários:

  1. Esse reset instruído ao telefone também já me sucedeu. O instrutor mandou-me usar um palito.Com tantos instrumentos testados, se calhar o que faltava aí era o palito. :)

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    1. Pois era, um palito! (não me lembrei do palito)
      O "meu" instrutor disse um clip, mas eu clips não tinha...

      (e conseguiste acordar o router?)

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  2. para ti, um homem cheio de predicados :)

    http://www.dn.pt/portugal/entrevista/interior/joao-magueijo-nasci-num-pais-do-terceiro-mundo-e-isso-que-me-faz-lembrar-portugal-5344169.html

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    1. Um belo presente, alexandra (quase no meu dia de anos, foi por pouco) :-) Muito obrigada.

      Cheio de predicados, sem dúvida.

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  3. Experimentaste dar-lhe um pontapé?
    Às vezes funciona. É incrível a quantidade de coisas que começam a funcionar quando se lhes dá um bom pontapé.

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    1. Não experimentei, mas ele tem um arzinho tão frágil que eu acho que crás!...

      :-) (essa alma de pirata...)

      Ah sim, mas há os que com um pontapé funcionam - eu tive (ainda tenho, sou antiga) uma televisão daquelas com tubo de raios catódicos na qual dava umas palmadas quando ela se engasgava e assim repunha-a a funcionar... uma vez numa reunião vi um colega com sintomas semelhantes aos da televisão e pensei dar-lhe uma palmada nas costas a ver se ele desembuchava, mas não dei que eu sou muito bem comportada, o pior foi aguentar o ataque de riso que me assolou, enfim.

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  4. Laruca, Cuca,

    não gosto particularmente do Agualusa, mas escreveu em tempos cousa de mui grande graça, designada deste modo: "O Método Soviético" que, basicamente, consistia no aplicar de um murro no topo da máquina.

    _____
    Há uns anos - muitos - naquela fase de contra-relógio (candidatura a umas massas europeias, isso, que nunca o fomos, europeus), uma catedrática, em desespero diante da puta da impressora, deu-lhe um murro e, eis, ei-la, a beleza: sai uma folha com um coração no canto superior esquerdo e desata a imprimir, depois do épico acontecimento. Espero que tenha emoldurado a dita :)

    ________
    Parabéns, Susana, longa, longa e feliz, a vida :)

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    1. ó alexandra, tu arranjas nomes - cognomes - para toda a gente. estou a ansiar por um giro para mim :-)

      murro na impressora - acima expus a minha experiência com murros nas coisas, murros eficazes.

      E obrigada :-) para ti também, uma vida longa e feliz.

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  5. Suzy 3 (Suzsy 4 é a minha mana de sangue)

    :)

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    1. querida alexandra (olha, saiu "querida alexandra" devido também àquilo que lá escreveste), merci bien.

      :-)

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