a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

24/09/2020

Um açaime, digo eu

Então liguei à GNR local e passei a mensagem. Expliquei, por exemplo, que em toda a minha vida é a primeira vez que tenho medo de um cão. Ele é altíssimo, descoordenado nos movimentos, penso que até perturbado na sua mente canina e – comprovado agora – morde as pessoas. Anda solto pela aldeia da serra, hoje em dia muito mais habitada, a horas em que a sua dona decide serem boas: os moradores estarão instalados no sofá a ver novelas muito cedo. Tanto que ela se engana. No dia em que corri para compor melhor a distância entre mim e o cão, os seus dentes cravados na minha memória quente, caí num monte de areia e enchi os sapatos dela. Por isso liguei eu agora à GNR local, uma vez que de todos os moradores da aldeia serei praticamente a única nativa e portanto dominando melhorzinho o português. Incluí, até, na minha súplica, a pergunta relativa a querermos nós (o agente da GNR meu interlocutor e eu) que o cão primeiro magoe, por exemplo, uma criança pequena a sério – visto que por enquanto só mordeu - ou vamos fazer já alguma coisa para evitar? Isto resultou. Os agentes visitaram no mesmo dia a dona do cão. Se a visita surtiu efeito não se falará mais deste cão aqui. Caso contrário é provável. 

11 comentários:

  1. Os cães são animais mimosos mas confiar neles em confiar no diabo.
    .
    Abraço

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    1. Os cães, acho eu, são como as pessoas: há os de confiar e os de não confiar.
      Boa noite, Ricardo.

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  2. ...tenho um medo semelhante com a cadela do 3ºA.
    À dias fiquei encurralada entre a minha porta e a dita cuja...

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    1. Ai... e ela ficou quieta?
      Bem... se ela já mordeu em alguém é considerada perigosa e pode-se pedir às autoridades que intervenham. (aprendi isto há dias no site da GNR)
      Boa sorte GA!

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  3. E dizes bem, Susana. Ninguém deve ter medo de andar na rua. Essa dona, mais do que o cão, devia ter umas aulas de cidadania.

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    1. Ora nem mais! Mas ela está xéxé, parece-me. É uma velhota checa que vive sozinha há muitos anos. Quer dizer, sozinha com cães.

      (lamento muito o que aconteceu à tua bichinha, querida flor... agora que tenho eu também um animal de estimação posso imaginar a dor que é)

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    2. obrigada, minha querdida Susana. Infelizmente, vou a caminho da segunda situação, igualzinha à da irmã. não está facil, não está.

      um abraço!

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    3. um abraço bem apertado também para ti! que pena tão grande os animais terem de passar por isso, e nós sermos tão impotentes para os salvar!

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    4. Flor, fico tão triste por estares a passar por mais uma perda.
      Um abraço apertadinho.

      Susana, desculpe usar o seu espaço, mas a Flor tem os comentários fechados... e eu pressinto que não se importa, pois não?
      Um beijo para si, outro para a Marble.
      🌿🌼

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    5. E pressente muito bem, Maria, claro que não me importo! :-)
      Um beijo para si também.

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    6. Querida Maria, obrigada pelo abraço!
      Usurpando não um, mas dois poetas: «A morte vem de longe,(mas) chega cedo»

      Beijos às duas!

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