a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

13/09/2021

Para onde foram os pastéis de bacalhau

Na semana passada fui passar dois dias inteiros e presenciais ao querido cliente Azul e aconteceu uma coisa. Por forma a evitar passar o almoço do segundo dia aos gritos com o simpático representante do cliente Azul como aconteceu no do primeiro dia devido ao acrílico fortíssimo à prova de vírus e outros fluidos assustadores que se interpunha à mesa no espaço interior da cantina, propus um desvio para a espécie de esplanada que ali está e que dá para um cruzamento da avenida não sei quê com outra qualquer, para a conversa fluir mais fácil e nos deixarmos, portanto, de gritarias. Entre a espécie de esplanada e o cruzamento referido há um descampadozinho bastante jeitoso para servir de morada a seres vivos do grupo das plantas e dos insetos. Mas não só. Também, descobri, o descampado serve de casa a seres vivos do grupo dos felinos de menor porte. Já se está mesmo a ver do que estamos a falar, tenho a impressão. Eu claro que estava apenas interessada no almoço em tranquilidade, sopa de legumes, um prato de pastéis de bacalhau com arroz de feijão e salada de tomate, e não tenho culpa nenhuma que um exemplar dos tais felinos de menor porte tenha vindo do seu descampadozinho para a espécie de esplanada fazer um ruído adorável ao pé de mim. A sua boquinha ainda jovem aberta na minha direção não ajudou à concentração no prato, especialmente porque incentivava com veemência (e o tal ruído adorável) que o meu alimento fosse para ela divergido. Foi difícil, claro que foi, mas portei-me lindamente e comi eu tudo.

Porém, uma vez que, após sondagem dedicada, apurei que o animal referido não tem dono e vive para ali no descampado entre a avenida não sei quê e outra qualquer ao deus dará, coitadinho, estou a ponderar desviar-lhe o destino e oferecer-lhe um lar capaz de lhe suprir a necessidade alimentar, até porque, já agora, aqui a felina residente, digamos, está um bocado mimada não sei porquê. Ora isto parece-me ser uma excelente desculpa.

6 comentários:

  1. Ai, ai...isso parece ser como as tatuagens, começa com uma, depois vem outra...e depois já não há pele à mostra...estou a ver criar-se ai uma "gataria" danada...e alimentá-los a pasteis de bacalhau não vai sair barato:)
    ~CC~

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    1. Pois não, eu sei... Mas com o dinheiro que poupo em tatuagens acho que é capaz de dar, pensando bem.
      :-)

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  2. Olá
    É sempre uma boa ideia arranjar mais um gato.
    Mas tratando-se de um gato de rua convém assegurar-se bem que o gato não tem nenhuma doença que possa ser grave para a Miss Marble.
    Infelizmente os gatos de rua são muita vezes portadores de doenças graves.
    Mas, desejo sinceramente que não seja o caso.

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    1. Sim, a maioria das pessoas qu econheço que têm gatos, não têm 1 t~em 2. E também eu sinto essa "necessidade", aham. :-)

      Obrigada por avisar, ana, vou ter muito cuidado se recolher aquele gatinho. De qualquer forma o primeiro passo é levá-lo ao veterinário, claro!
      Beijinhos.

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    2. Olá
      Também eu tenho dois gatos. O mais velho com 15 anos e que foi há 10 dias operado a um tumor (fibro sarcoma). O veterinário consola-me dizendo que quando um gato tem um tumor destes, ainda que seja maligno, ele fica "feliz" porque, segundo ele, será dos mais controláveis.Mas eu não me sinto nada feliz....

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    3. Espero que o seu gato esteja melhor, ana. E que ainda viva uns anos feliz e saudável na sua companhia.
      Eles realmente fazem parte da família, acho até que é uma forma de amor o que sentimos por eles.
      Um beijinho e boa semana.

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