a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

25/10/2023

Então bom dia

Através da frincha da janela, chega o canto de dois ou três melros. Lá fora, o asfalto da estrada guardada pelo arvoredo onde as aves despertam, está molhado. Não preciso de o ver. Os primeiros habitantes do bairro já saíram de casa para dentro da noite, que ainda dorme, e as suas viaturas rodam sobre a chuva caída.
Mais ao longe, um cão ladra um bocadinho. É mesmo só um bocadinho que ele ladra, por exemplo, não é muito: as coisas são como são. 
Entretanto um autocarro passa vagaroso. 

Ser assim, toda arrancada à cama por uma cólica inesperada e metidinha, tem algumas vantagens. Como aliás quase tudo aquilo que vem e depois vai. 
Então troquei o café por chá e também arranquei mas foi o dia na cozinha.

2 comentários:

  1. E depois também há coisas que permanecem. Por exemplo, aquelas que ficaram em mim de pedra e cal enquanto "minhas queridas pessoas dos Blogs" e o enorme gosto de continuar a acompanhá-las lendo-as, mesmo que fique agora mais calada.

    Um grande abraço, minha querida Susana. E que, cólicas metidinhas, se metam mas é na vida lá delas e deixem de incomodar-te.

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    1. E é tão bom que permaneças também tu aí desse lado, minha querida Cláudia!
      Deixando os teus perfumados comentários a aquecer o quase deserto que isso ficou.
      Dá pena, não dá?
      Um abraço todo contente por teres vindo. 🤗

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