a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

05/06/2014

Trinta e oito

Eram dezassete horas e vinte e seis minutos e eu já tinha visto mais de uma dúzia de fotografias de sapatos, com meias, sem meias, sapatos a trabalhar, sapatos de férias, sapatos em casa, quer dizer estes eram do tipo pantufas, sapatos pintados aposto que a óleo em tela há imenso tempo, tanto que quase se pode dizer bué, e ainda sapatos filhos da criatividade do momento, hoje foi o dia mais calçado da minha vida.

Ora isto não é de deixar passar assim sem mais nem ontem e ainda vai hoje.

As pessoas costumam dar-se as mãos, vemos isso muito nas escolas, fazem rodas, cantam e saltitam, promovem assim a união humana, belíssima para a construção do futuro dos petizes. Isto que se viu hoje foi a união consolidada dos ex-petizes, um caminhar em uníssono, uma marcha colorida mas homogénea, um passo de gigante ou quase isso que daqui a pouco estávamos a falar na ida à Lua e tanto também não.

Foi muito bonito, isso é que foi.

Com tanto sapato, seus queridos, puseram-me aqui no sapatinho, mesmo com o natal tão longe, uma tremenda vontade de dançar. E agora?

Agora a ver se esta vos serve, a mim já está a servir, costuma ser o trinta e oito.


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