a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

26/07/2020

Três

Quando, nos filmes, o ator diz para a atriz, tens fome?, e a convida para irem comer juntos, uma alegria sempre vem, independentemente da minha idade.

Deve haver um sítio muito pequenino, por baixo da minha omoplata esquerda, onde uma agulha mágica, espetada, eliminaria a dor cinzento-metalizado, agudazinha.

Às vezes adoro a voz da Luísa Sobral, outras é difícil ajustá-la, dar-lhe uma cadeirinha almofadada, convidá-la a sentar. Não sei porquê.

6 comentários:

  1. É este colar inesperado que me cria, na leitura, um efeito cósmico, um readgasm!

    Continua pelo «Dois». I hope. :)

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    1. Ah, por acaso quando fiz este post pensei que agora a seguir devia vir o "Dois".

      São textos mais leves para as tardes de calor, ou seja, é do efeito cósmico-meteorológico, claro. :-)
      Uma boa semana inspirada, Diogo.

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  2. 1- É como quem diz queres um chá, queres um café? É o próprio que o quer.
    2- Tente, há quem se dê bem com as agulhas:)
    3 - Sinto o mesmo, mas gosto dela.

    Agora falta o um:)
    ~CC~

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    1. 1- Que giro, para mim é como quem convida para passar um tempo em conjunto, uma comunhão, uma pausa partilhada.
      2- O comprimido que tomei já fez o serviço :-)
      3- Eu também gosto, muito.

      E o Um já veio, CC :-)

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