a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

13/03/2022

Espécie de diário

A senhora que passeia o seu caniche de bicicleta passou hoje de manhã na rua enquanto eu organizava a cozinha à janela. Lá ia o cãozinho a correr a correr. 

No meu novo quarto de trabalho, no piso de cima virado a poente, o sol da tarde incentivou nove joaninhas cor-de-laranja a fazerem-me companhia. A primeira pus lá fora com cuidado e um lencinho, mas precisei de reforços quando o resto da família apareceu. As joaninhas, quando se sentem ameaçadas, cheiram a relva cortada misturada com seiva de chorão. Não sabia e não abrem o apetite.

No caminho de regresso do supermercado, bem feitinho a pé para constatar os despontares primaveris nos jardins, cruzei-me com o enorme gato amarelo. Ele pôs - se a jeito no murete holandês e eu apresentei-lhe a minha mão portuguesa. Nela roçou a cabeça de vários ângulos e apanhando todo o seu encorpado pescoço com colar de guizo incluído. Claro que não me importei. 

As placas esponjosas e coloridas de material isolante sonoro que Erik comprou para forrar paredes e tetos são feitas de roupas recicladas. Apetece combiná-las por cores tão lindas se puseram.

Caída a noite, é hora de pôr na rua, geometricamente alinhado, o contentor de tampa azul. Amanhã é dia de passar o camião que leva o papel e o cartão. Ponto. 

E vírgula: adenda ilustrativa já a seguir para atalhar pesquisas no google.


2 comentários:

  1. Olha, pois, aqui estão elas tão lindas! Ai, o Google não mostra desta maneira, não...

    (obrigada, querida amiga) ;-)

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    1. E como são mesmo bonita,s mereciam uma fotografia personalizada, sem googlices aborrecidas. :-)

      Boa semana, Cláudia!

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