a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

08/09/2022

Doces*

Está finalmente a chover. Em cima do tapete da entrada pelo terraço virado a sul, oito gatos aguardam nova dose de comida. Ali não apanham chuva. Se tocar no puxador da porta envidraçada, as carinhas voltam-se todas para cima, olham-me através do vidro, e algumas boquinhas abrir-se-ão miando fininho. Não estão todos, falta pelo menos um dos mais novinhos que, ao ouvir miar os outros, virá a correr desalmado, derrapando no chão molhado do terraço até conseguir equilibrar-se e vir juntar-se ao grupo. Mas não toquei no puxador, antes vim sentar-me de casaco de malha vestido para escrever estas doces linhas.

* porque me lembrei dos votos da minha colega chinesa para o meu dia de ontem: "Um dia doce", podia ler-se no seu engraçado português, proveniente lá dos confins orientais onde vive. 

5 comentários:

  1. Doce é também este postezinho, Susana 😺 pois não consigo imaginar maior doçura do que dizer que os gatos têm carinhas. E têm mesmo, só que algumas pessoas nem reparam...
    Até tenho medo de perguntar, mas aqui vai: como está a Marble? Tenho saudades de a ver por aqui.
    Tudo de bom.
    Maria miau🐈

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    1. Olá Maria! 😊
      A Marble está ótima, agora já mais adaptada ao macaco do gato Beethoven que adora saltar-lhe em cima para brincar. Os tempos difíceis já lá vão, agora até brincam a correr pela casa, é um descanso.
      Quanto às carrinhas, são realmente adoráveis, os danados dos bichos...
      🐱

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  2. Tantos? Começou por um e agora já são essas carinhas todas...corre o risco da adição:) Mas em pequeninos são mesmo irrestiveís.
    ~CC~

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    1. Pois é, já tantos. E o problema é mesmo esse, são animais irresistíveis. Comilões mas irresistíveis.
      Olá CC :-)

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