Mas a verdade é que, se eu não andasse, nos dias em que venho à capital, sem carro próprio, não estaria agora neste pequeno e tranquilo autocarro, em modo de um para-arranca envolto no nevoeiro que se levantou do rio, a fazer uma das coisas de que mais gosto e para a qual parece nunca sobrar tempo. Escrever parvoíces.
a voz à solta
19/11/2024
E tu, também preferes o teu próprio carro?
Diz a Muzi, minha filha mais velha, que mãe, essa tua relação romântica com os transportes públicos... e portanto, sempre que os meus horários não distam muito dos dela, dá meia volta à cidade para me ir levar ao trabalho. Mas não é tudo. No final do dia, se eu ainda estou a vegetar na paragem quando me liga ao sair da última consulta, desvia-se da sua rota para me ir apanhar, indiferente aos meus protestos. Nem de uber ela me deixa deslocar quando essa hipótese aparece no horizonte dos meus planos.
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A sua escrita à solta continua a ser do melhor que ainda existe nesta blogosfera cada vez mais deserta. Uma grande salva de palmas para os que ainda insistem e persistem.
ResponderEliminar(não sou anónima, o facto é que não tenho blog e entro como anónima, um dia destes dou um passo atrás ou talvez dois à frente e volto ao mundo dos blogs; as redes sociais, como InstagramES e afins são sítios que, parecendo ter muita gente lá dentro, cheira a um grande vazio) .
Aceite um beijinho e continue por aqui.
Muito obrigada, querida Anónima, por palavras tão amáveis e generosas! Foi um doce presente no fim de um dia difícil.
EliminarE junto-me a si na salva de palmas aos que continuam a povoar esta blogosfera desertificada (parece o interior de Portugal, mas o interior é tão melhor do que o bulício do trânsito e da impaciência das cidades!).
Um beijinho também para si e continue a vir cá, se lhe apetecer. :-)