a voz à solta


Se leio, saio de mim e vou aonde me levam. Se escrevo, saio de mim e vou aonde quero.

22/10/2025

Diamantes

Tinha rebuçados na lista de compras. O boião de vidro transparente, pousado na mesinha da sala, estava deles nas últimas.
Então, no dia seguinte, o Continente da Lousã apresentou-se capaz de uma oferta bestial e variada para se poder optar imenso. No processo, pronta e já de cabeça inclinada às prateleiras, batem-me os olhos num belíssimo saco de diamantes. Que são, sabemos, os rebuçados melhores do mundo a seguir aos caramelos. Pois agarrei-me a ele com as duas mãos porque uma só não podia: o saco deitava bom corpinho e ainda reluzia sobre as grandes iluminações do espaço, estava atraente. 
Em casa, deitei-lhe o conteúdo no boião, mas guardei alguns diamantes para trazer comigo. Na mala, no autocarro, no escritório, no comboio.

Resultado: a sala ficou mais rica, por um lado e, por outro, fiz quatro colegas felizes na reunião da tarde com a degustação e bastante barulho no comboio da noite durante a desembrulhação.

Não sei se estão a ver. 

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