Acima das nossas cabeças, no bar que tem como antepassados a taberna e a mercearia separadas por uma porta de duas folhas de vai-vem, praticamente o único sobrevivente numa rua cheia de casas desabitadas à luz elétrica dos candeeiros, acima das nossas cabeças, dizia, alinhadas num rebordo muito antigo, cheias de pó, várias garrafas de bebidas que o foram há muitas décadas. Entre elas, a garrafinha bojuda da Laranjina C.
Foi a minha irmã Ana, ali sentada ao meu lado, a beber o mesmo Porto branco, que pôs em palavras a recordação do dia em que, juntas, tão pequenas, pela mão do nosso avô, visitámos a produção do refrigerante e eu me encantei toda por fábricas.
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