Hoje acordei toda triste. Levantei-me e
fui logo à cozinha abrir o dia. A janela está embaciada e até escorre, não se
vê bem a rua nem o rio se vê bem, nem os carros nem as árvores se veem bem.
Veem deixou de ter acento no primeiro e, o que dá muito mais jeito para
escrever. Os acentos são como buracos na estrada, o veículo em vez de avançar vai abaixo e volta acima, pum pum, e isso é perdas. A panela de sopa que fiz ontem à
noite estava ali, meti-a no frigorífico. Depois fiz café. Fazer café é tão bom,
às vezes penso assim, faço café e depois tocam à campainha. Vou abrir a porta e
digo acabei de fazer café. E ficamos ali, a pessoa e eu, podia
ser sabes o quê? podia ser tu e eu, a tomar café e a viver isto, a falar a
vida, a saboreá-la inteira, simplesmente, este momento em comum. O aroma está a sair por
todo o lado, a cafeteira fumega e a máquina da loiça, vejo agora, por descarregar.
Descarrego-a praticamente toda no tempo do café correr. E só depois notei que já tinhas
saído.
(não sei onde anda o natal, este ano ainda não apareceu)
saí, mas volto para o jantar, que a companhia é bem supimpa :)
ResponderEliminarbeijinhos,
(vacinados contra o natal, claro!)
Isso! que o vinho tinto já cá está - Duas Quintas, sim?
Eliminarbeijinhos de volta, querida flor.
(eu ainda consigo limpar o lixo (de consumismo, de chantagem emocional, publicitário e manipulador) que se põe em cima do natal e fazer desta época uma época de recolhimento, reflexão, leitura e lareira, para não falar no estar com a família, claro... mas este ano está difícil a tal limpeza, não sei que é...)
(fosse marca de um abrasivo para lavar casas de banho e não teria ficado o nome tão gravado na memória! :b)
Eliminar(é que eu também conheço essa pomada...)
Eliminar:-)
Ainda tens café? Huuummm, cheira tão bem! Poucos cheiros são tão bons como o do café acabado de fazer (pronto, diz ali 09:21, mas podemos fazer de conta que ainda cheira a café, não podemos?)
ResponderEliminarEste ano o meu Natal também ainda não apareceu, mas combinámos que viria este fim de semana, a culpa não é dele, é minha que ando assoberbada e por isso não lhe tenho dado muita atenção, também quero ter uma boa panela de sopa pronta para o receber, o Natal deve gostar de sopa, não achas Susana? É tão reconfortante, um prato de sopa quente e café, também hei de ter café acabado de fazer, e em frente a uma chávena ou a uma caneca de café a conversa põe-se a viajar, assim, como este comentário. Mas, o que eu queria mesmo saber, já estás menos triste?
Um abraço, minha querida Susana.
Ainda, ou melhor, fiz café outra vez. Tertuliamos então um bocadinho? :-)
EliminarJá , querida Cláudia, já fiz o que precisava fazer para a tristeza, neste caso era fácil, obrigada.
Outro abraço, um assim meio natalício, a ver se dá. :-)
Se não se importa, do seu post guardei o aroma do café na cafeteira a borbulhar. O aroma que evola e expande pela casa e se escapa sob a porta e cheira até na escada e no patamar. Com tu e eu. Ou sem tu e eu. É um aroma que reconforta e aconchega. Ah. E bebê-lo também. A ganhar forças para o dia.
ResponderEliminarO Natal aparece sempre. Quando quer e lhe apetece. Pode a casa estar de enfeites já à banda que ele nada, é caprichoso. Mas não falha.
BFS
Querida bea, não me importo nada, claro.
EliminarUm dos encantos que vejo nisto de ter um blogue e depois pessoas a ler o blogue e a comentar o blogue, é este vai-vem de coisas simples que se trocam como o aroma do café e as palavras deste comentário. Coisas tão boas, bea.
Obrigada, BFS para si também.
Já que o natal anda longe, por aqui também, talvez umas rabanadas para acompanhar o café e ele apareça :)
ResponderEliminarPor aí também não há natal?!...
EliminarEntão se tu na bicicleta e eu a correr, ufa, tu daí eu daqui, talvez o conseguíssemos cercar e ... hã? boa?
:-)
se dás café, atão eu volto :)
ResponderEliminardou café, dou. e às vezes também há biscoitos (mas não pode ser sempre, por causa de engordar)
Eliminar:-)