Anteontem, debaixo do sol rasante mas ainda assim no ponto mais alto de que é capaz, e já sabemos que quentinho, estava a carrinha dos correios a parar na rua e estava eu a dar uma voltinha à casa a ver se vislumbrava para onde tinha ido passear o membro mais recente da família, a gata. Porque o meu coração não anda muito valente e estava aqui a apertar-se relativamente a este passeio. Então dou de caras com a vizinha inglesa em leggings coloridas e camisola de manga cava. Ou seja, com uma grande parte da sua coleção de tatuagens também a apanhar sol. Estava, para não variar, a receber encomendas das mãos do carteiro. Eram várias e grandinhas as encomendas. Não ponderei muito e, depois de dar os bons dias, perguntei-lhe se precisava de ajuda com os pacotes. Ora ela, com os referidos empilhados nas mãos, virou-se para mim, sorriu e disse
- Não obrigada. Eu tenho de ir, não posso conversar contigo, os meninos sozinhos em casa, mas logo tu vens conversar quando Ken chegar, sim?
Eu também não tinha intenções de conversar propriamente com ela, mas que fica anotado aqui o mais-ou-menos-convite para ir conversar a sua casa, ai isso fica.
(a foto faz prova de que o novo membro da família regressou do seu passeio e em plena forma)