Vou dizer uma coisa. Não gosto do termo espreitar quando se
trata de olhar. Se não há buracos de fechaduras nem outras pequenas aberturas através das
quais temos de espremer a vista, não é espreitar. É olhar e é isto que quero
dizer. Também não gosto de chamar cantinhos aos blogues, portanto já agora digo duas coisas, o meu é bastante espaçoso uma vez que cabem todos os
disparates que me apetece escrever e também caberiam os que censuro porque cada
vez tenho mais... mmm... receio de escrever disparates, por causa dos ilustres leitores que são todos os leitores. É que eu sou uma pessoa na verdade muito séria,
uma vez ia na rua, tinha uns dezassete anos e vinha um rapaz com ar de quem se achava
muito capaz, olha ficou rapaz capaz, rapaz capaz (está bem) de angariar raparigas facilmente (via-se pela maneira de andar) e eu pus-me séria e quando nos cruzámos ele disse que cara tão séria e a partir
daí achei muito boa a ideia do séria. Isto para dizer que preciso de um espaço
tipo senhor espaço para o que de mim fica reprimido, que é muito, ou antes, que tem sido muito. Portanto
cantinho não. E quando vou aos blogues das outras pessoas não espreito, olho (voltamos
à uma coisa), com os dois olhos abertos normalmente. E leio. Também normalmente.
Ou seja, não ponho a mão em canudo à frente do meu olho diretor que é o
esquerdo e não espreito por lá para ler o blogue, é isso que quero dizer com
normalmente. Às vezes rio-me, gosto muito de blogues que me fazem rir (e eu tão séria) e que me fazem pensar ou me ensinam ou me mostram uma
coisa que amo com toda a minha célula: inteligência, capacidade de observação ou um coração bondoso, amo isto tudo, sou assim. Toda a minha célula também é uma forma de plural só que não parece.
Afinal eram três coisas.
(este post estava nos rascunhos com preguiça de se fazer à vida. de post. para castigo, vai ser o último. por um tempo. pelo menos.)
(este post estava nos rascunhos com preguiça de se fazer à vida. de post. para castigo, vai ser o último. por um tempo. pelo menos.)