Agora estou sentada praticamente dentro da lareira, frio não
tenho mas é os pés – molhei-os na relva do jardim, relva quer dizer, não é bem
relva, é uma espécie de erva que nasce e cresce selvagem com nanoflorzinhas
amarelas dispersas e ainda a estas horas para lá das cinco da tarde conserva o
orvalho da manhã. Uma poesia, portanto, e porque fui visitar a laranjeira que, vista do terraço,
estava a exibir uma laranja no meio da folhagem. A laranjeira, agora vista de perto,
é mais baixinha do que eu e dando-lhe uma volta completa não tem uma, não tem
duas, mas sim três! laranjas. Têm o tamanho - vá - de morangos de grande
calibre, mas são laranjas, daí a cor delas, e são as primeiras! da arvorezinha.
Só que molhei os sapatos e meias.
Ontem fiz uma coisa muito interessante que foi deixar o meu
computador dentro do avião, tipo esquecido. Só dei por isso uns vinte minutos
depois de estar em Lisboa e por muita sorte ainda no aeroporto, de modo
que me lancei em corrida estafante para dentro do guichet de lost & found, onde tive de aguardar
que a senhora terminasse a chamada com alguém aflito como eu mas a falar algures
da Escandinávia, esse alguém tinha optado antes por deixar o telemóvel no avião
e eu foi o computador, raios raios. Torci muito as mãos e respirei fundo umas
quinhentas vezes (mais ou menos hiperventilei) para conseguir esperar em modo
calmo, a pensar que o avião podia muito bem tornar a descolar sabe-se lá para
onde e o meu computador ai jesus que o último back-up foi há imenso tempo. Certo,
sei, devia bater com a cabeça na parede sobre isto, mas agora a senhora desligou
a chamada com a Escandinávia e olhou para mim sorrindo, boa tarde: boa tarde é como quem diz até
certo ponto e depois então disse-lhe tudo. Em que lugar estava sentada, lembra-se? Lugar
9A se faz favor. Ela pegou no walkie-talkie
e chamou o colega que estava a fazer o
meu avião.
Hoje pela manhã encetei um novo estojo de lentes de contacto,
a esquerda é sempre a primeira por uma questão de eu ser destra. A direita, ao pô-la,
tive umas náuseas de ver tudo tão mal, tão mal, completamente torcido em meu
redor, que nem a parede se safou. Penso que estou a ficar maluquinha e retiro a
lente de contacto potente do olho direito. Torno a pô-la, a ver que tal. E a
ver tudo torcido tornei, parede incluída, uma coisa do tipo Dalí e as
náuseas, olá. ‘Tamos mal (não sei se é a idade).
Mas não muito muito porque 1)
a lente do olho direito eram afinal duas encaixadas na concavidade uma da outra,
oferta de fábrica ou então promoção de natal leve duas pague uma como este post mas este é três, 2) as meias e
os sapatos entretanto secaram e 3) o computador tornou à minha mão duas horas e
meia depois da cena com o walkie-talkie.
Foi cá uma sorte e hoje claro que já fiz dois back-ups.
*Tive uma colega que terminava as frases quase todas coiso, era tão giro.
sweetest Susy 3,
ResponderEliminartu não saberás exactamente (privilégios de quem te lê: anunciar-te! :), mas és sempre 2 em 3, 5 em 8, 11 em 21, etc.
além disso, e quanto a moi tu terias entrada directa num policial vindo da neve (don't ask me why, you know it :))*
Num policial sim, isso gostava mas era de ser a detetive e descobrir tudo, ter uma inteligência dessas... imeeeeensas! :-)
EliminarAgora era um abraço desses de estalar ossos e uns beijos a acompanhar, para te desejar, a ti e a toda a tua família atual e to-be, baby incluída, um 2018 muito bom, muito bom. (e que apareça o tal companheiro) :-)
Amanhã já tenho leitura.
ResponderEliminarPor hoje, passo cá porque não poderia, de forma nenhuma, esquecer a minha excelente amiga, Susana. Bom 2018. :)
Isso é querido, obrigada. :-)
EliminarTambém te desejo a ti um ano de 2018 cheio de inspiração, desenhos, textos, filmes. E a poesia (da vida) que procuras.
Um beijinho, Diogo.
feliz ano, Susana, com ou sem *. :))
ResponderEliminarbeijinho grande,
Mia
Queremos um ano com* (o que é bom) e sem* (o que é mau)! :-)
EliminarOutro beijinho, Mia. Que tenhas um 2018 muito feliz.
Sem coiso, mas com um abraço (para além daquele que, sim, claro, aceitei no post de baixo) que transporta desejos de um grande e bom ano 2018. :)
ResponderEliminarluisa, reparaste que nos estávamos a comentar em simultâneo? :-)
Eliminarque o teu ano tenha muitas boas coincidências e surpresas e passeios. Tu és uma inspiração! (e a minha fotógrafa preferida)
Já não cheguei a tempo do Natal, mas ainda posso deixar um abraço com votos de um 2018 muuuuuiiiiiiiitoooooooo boooooooooooom!
ResponderEliminarTu, querida Maria, chegas sempre em boa hora. É um prazer ter-te por aqui.
EliminarUm abraçozorro de volta e que o teu 2018 seja cheio de alegria, paz e muita inspiração. :-)
A Susana é a pessoa mais bem humorada - ou de postagem mais bem humorada - que conheço na blogosfera. É verdade que não procuro o bom humor e que a afirmação não desmerece outros blogues que frequento. Cada um tem seu estilo e creio ser por isso que os escolhi.
ResponderEliminarDesejo-lhe continuidade na boa sorte a perder material imprescindível e deslinde as lentes uma da outra que isso de ver tudo torto é uma tortura:).
E que 2018 seja um bom ano para nós. E nos encontremos por aqui agora e logo.
Um abracinho
Sim, que seja um ano muito bom para nós e que possamos continuar aqui a trocar estas palavras que sempre vão construindo boas sensações, tantas vezes sementes para que o dia saia mais feliz, bem nutrido e - pois claro - bem humorado.
EliminarOutro abraço, bea.
Que sorte ter recuperado o computador! Aconteceu-me o mesmo com um casaco comprido na CP e nunca mais o vi. Beijinho Susana.
ResponderEliminarFoi uma grande sorte, CC. Não sei que me deu - não costumo perder coisas.
Eliminar:-)
Espero que tenha comprado outro casaco, ainda mais bonito. Comprou?
(se há peça de roupa com a qual simpatizo é o casaco, gosto muito de casacos - se tivesse tempo e dinheiro lançava uma marca deles, tenho-os todos na cabeça a perderem-se, caramba :-))
Um abraço bem apertado, querida CC.