Na pausa do trabalho como um iogurte natural com a granola
que a minha filha inventou, fez e me recomenda vivamente com os olhos a brilhar.
Enquanto isso, leio uma parte da história de um médico. O médico dirige-se ao
leitor e agora o leitor sou eu por isso com licença (leitora, leitora). Diz o médico que eu
posso viver sem baço. Ou sem um rim ou sem uma parte da bexiga, mas não percebi
que parte é. O que eu não posso, diz o médico do livro, é viver sem o maior órgão interno que é nada mais nada menos que o fígado, o meu
próprio fígado! Um órgão tão sossegadinho se comparado com o coração. A
bexiga também, mas o médico falou foi do fígado. Eu já não sabia que o
maior órgão interno era o fígado. Aliás nunca tinha pensado no meu fígado e portanto
decidi pensar agora mesmo nele. Posso dizer por exemplo que o levo para todo o
lado prontinho e arrumado. E também que hoje ficou em casa o meu fígado. De manhã ouvimos uma gaivota, sim, uma gaivota, para variar do papagaio, e fomos ao lixo esticar
as pernas. No regresso estendemos a roupa que estava à espera na máquina. Não
direi que a roupa esperava pelo fígado porque isso não tem beleza nenhuma. E o fígado está inocente, claro, o fígado não sabe. Por exemplo não sabe que estendemos a roupa porque não temos máquina de secar, devido a uma opção estratégica. Que em Lisboa chove apenas em cinquenta e cinco dias por ano, mais dia
menos dia. E portanto, no fim, chega. Quer dizer, chegamos. (que bom, que bom)
Os órgão internos são um bocadinho como os filhos crescidos, se não soubermos deles é porque estão bem:). O que eu quero do meu fígado é não saber dele, estar mudo e quedo.
ResponderEliminarExatamente, bea. É isso.
EliminarMas como eu quero treinar para um dia conseguir meditar, parece-me que pensar no fígado é boa ideia. Ou nos pulmões.
:-)
Sabia que, contudo, tem uma enorme capacidade de se regenerar? Que se pode cortar uma parte e ele se recompõe? O pâncreas, esse, pelo contrário, bem minúsculo, quanto a esse é que não há nada a fazer. Cuide bem do seu:)
ResponderEliminar~CC~
Creio que já tinha ouvido algo sobre isso, sim, CC.
EliminarE, bom, eu tento cuidar de tudo. :-)
Uma boa semana para si.
o fígado.órgão (entre outros) passível de sair em caso de desvalorização, para sere regenerados e dar novo fôlego. cá em casa passámos por isso, sabemos bem dar o valor à expressão "uma segunda oportunidade".
ResponderEliminarboa semana, Susana.
Beijnho,
Mia
Obrigada pleo comentário, Mia. Por estranho que pareça, eu acredito que os nossos órgãos nos podem ensinar umas coisas e esse é um ótimo exemplo.
EliminarUm beijinho, Mia. e bom resto de semana.
E para o caso de ser necessário regenera desde que o tratem bem os outros órgãos não são assim.
ResponderEliminarBem me parecia que tinha escolhido o órgão certo para a ele dedicar um (espécie de) ensaio. :-)
Eliminarlá das iscas haveria muita coisa a dizer, e se é bem verdade que regeneram como mais nenhum, também é verdade que um corte mal feito desata numa sangria descomunal.
ResponderEliminarestranho órgão este. tanto filtra como é grande...
mas eu cá continuo a preferir a pele que é o maior órgão,
ou o sangue que é um tecido,
ou o adn mitocondrial que continua a estar envolto em mistério,
e claro o meu processo vital favorito que é o ciclo de krebs.
mas gostos não se discutem (muito) e haja fígado é o que é preciso!
Ena, temos aqui médico ou enfermeiro! :-)
EliminarNão sabia que o sangue é um tecido.... mas fica-lhe bem sê-lo, visto que tem uma das cores mais lindas.
E esse tal de ciclo de krebs tive de ir ver o que é, evidentemente.
Obrigada il, gosto sempre de aprender.
Bom fim de semana. :-)
é tecido líquido... tão estranho quanto aquele nome das compressas que são de tecido não tecido!
Eliminar(é isso mas falemos apenas em cuidados intensivos)