Escrevo na agenda, nas folhas para notas, os títulos e os autores dos livros que leio. Para chegar ao final do ano e saber se ele foi bom. Os de poesia não contam, que esses nunca se acaba de ler, naturalmente.
Vinte e dois é a conta à data. Com um melhor dormir que me chegou da idade, muito Bach, a casa razoavelmente limpa, as contas em ordem, o número de contribuinte, os vizinhos mais quietinhos, e apesar do whatsapp, da via verde.
Também muitos litros de café matinal, lá isso. Na rua ainda noite, metade de mim debaixo dos cobertores, os gatos alimentados lambendo as patas.
Depois o trabalho, claro. O autocarro, aquelas pessoas na paragem. O homem negro, a mulher faladora. E, no longo curso, o comboio a levar-me dali toda com a cabeça já noutro lugar. No livro.
De sobra, o acordar acima das nuvens, os javalis à noite, os veados na brama quase ao meu lado, ou mesmo saborear o melhor entrecosto do mundo. Pelo meio fazer amigos, fazer sopa, salada, caminhadas, tricot.
Um ano com vinte e dois livros lidos é um ano mesmo muito bom.
Lá pelos 2015/2018 também apontava tudo o que consumia em termos de cultura; até exposições, espectáculos e concertos. Daí que saiba que vejo uma média de 70/80 filmes por ano. A média de livros é mais baixa. A música, perco-lhe a conta facilmente. Depois de 2019 deixei de apontar. Ou melhor, para o cinema tenho o Letterboxd. Para a música e livros, andamos à deriva, claro.
ResponderEliminarMesmo assim, fiz um pequeno balanço, aqui:
https://amortedesalome.tumblr.com/
FELIZ NATAL AMIGA SUSANA.
:)