Aproveito estar em modo de espera para atualizar as
comunicações, enviar as mensagens que têm de ser e as que quero que sejam. À
minha frente já se enfileiraram muitos passageiros para o embarque e muitos
passageiros para o embarque corresponde a muitas malas e maletas ou sacos. Eu
também tenho a minha mala à qual só está a faltar um nome sem ser mala mas
ainda não me inspirei propriamente para isso o que é estranho neste caso. Mas estou
a meio de troca de mensagens com Muzi, a minha filha mais velha, quando uma voz
feminina metálica mas não de robô, em princípio, anuncia nos altifalantes que vão
dar início à verificação das malas e maletas ou sacos para aquilo que já
sabemos que é ver se nenhum passageiro para o embarque leva mais do que deve ou
pode. A funcionária do aeroporto de Lisboa, fardada lá do modo que é deles, vem andando
com etiquetas cor-de-rosa que passa da mão para cada mala e maleta ou saco que cumpra os requisitos devidos. Chegando a mim, eu ainda estou numa tal mensagem, na fase de corrigir os
erros, faço muitos, ela diz: É a Susana? Sou…
- Rodrigues?
- Rodrigues.
(eu não podia escrever este post se tivesse inventado um
nome no blogue que não fosse o meu, pois não?)
- Ah, que bom! Estávamos à sua procura.
- Então encontraram-me. – momento no qual passo todas as hipóteses
pela cabeça – por que raio andavam eles à minha procura?...
- Pagou um valor extra para o seu lugar no avião.
- Paguei. – porque não achei outra forma lá no sistema da
companhia aérea de fazer o check-in: ou era obrigatório pagar um valor extra
pelo lugar ou era obrigatório não fazer o check-in.
- Os lugares ao seu lado vão vazios e há uma família que
quer viajar junta, mas para isso precisávamos que mudasse de lugar, importa-se?
- Não me importo. – as famílias normalmente querem viajar
juntas, há imenso tempo que é assim.
- Então venha comigo.
Fui. Ultrapassei toda a fila de passageiros para o embarque
e malas e maletas ou sacos correspondentes. Ao aproximarmo-nos do balcãozinho do
dito embarque diz esta funcionária do aeroporto para os colegas, ela vivaça:
- Encontrei a Susana!
Claro que optei por lhe perguntar
o que a levou a achar-me com cara de Susana numa fila de tantos passageiros
para o embarque, mas ela só conseguiu explicar-me que eu tenho é cara de portuguesa.
Depois, com a minha cara de portuguesa, e dedos e mãos e vá, tudo, acabei a conversa com Muzi, a minha filha mais velha.
Gostei especialmente de:
ResponderEliminar«(eu não podia escrever este post se tivesse inventado um nome no blogue que não fosse o meu, pois não?)»
E de:
«- Encontrei a Susana!»
:-)
E olha que eu também gostei dessas partes. No primeiro caso de a escrever, no segundo caso de a ouvir... foi foi.
EliminarOlá, Gina :-)
Morenita?
ResponderEliminarSim, imagino que não fosse por levar mala de cartão:)
~CC~
A minha mãe, no verão, costumava dizer 'morenaça' quando eu tinha um tempão de férias na praia.
EliminarMas digamos que completamente standard, é mais isso, querida CC :-)
Já a minha preferida é aquela de onde saiu o título da postagem. É verdade, as famílias normalmente querem viajar juntas, nem que seja para brigar com mais facilidade. (Imagine marido e mulher ou mãe e filha, discutindo tendo uma Susana, ou alguém com cara de, no meio)
ResponderEliminarJá aconteceu por demais vezes, Evandro, ter uma família brigando comigo pelo meio, ou a observar. Devo ficar com cara de pessoa bem triste e desiludida. E em viagens, como há quem fique nervoso - acho eu que é disso, briga-se bastante. Tenho visto, sim. Uma pena.
EliminarMas pelo menos querem viajar juntas as famílias e isso é que conta mais, ou não é? :-)