Talvez os personagens dos contos de Tchékhov tenham tido existência
justificada nesse fervor doentio, interno, que é possível deveras sentir-se por intenso e longo tempo. Eles, mestres na chantagem
emocional disfarçada de inocência, de devoção, invocando memórias de mortos ou, com menor teor poético, apenas os ossos jazendo no caixão de alguém, ido e portanto poderoso, entre choros
histéricos revestidos dessa presumível inocência trabalhada com astúcia experiente, afinal,
eles encontraram por certo uma via para a descarga. Do tal fervor doentio,
interno. Desse sentido de desvio do centro de energia fundamental que uma alma ferida, tropeçando, caindo, pode carregar dentro. Espertos.
Que belo regresso Susana, já tardava...
ResponderEliminar(hei-de espreitar essa sua aldeia).
~CC~
Querida CC, muito obrigada.
EliminarSim, vá espreitar a aldeia, e veja as cabras e compre queijo.