Ando a beber piscinas. Sem álcool, piscinas sem álcool.
Não é que ande cheiinha de sede.
É que a minha balança avariou fixando-se num número que se situa uns poucos de quilos (friso poucos) acima do que tinha antes. Simultaneamente, os pares de calças onde me costumo encontrar quando não estou a dormir adelgaçaram. Portanto há que tomar medidas.
Fui buscar a fita métrica à caixa de costura e pus-me a ver que tal. Resultado: lindo serviço e grávida não estou.
Será da idade?
Perguntei na farmácia se é da idade. Olharam-me em modo de avaliação vertical e horizontal que não me agradou por aí além e deram-me um frasco pesadíssimo com um líquido pastoso feito de guaraná, licor de ovelhas, aloé vera, óleo de fígado de pescada (o bacalhau já era), ginseng, cera de abelhas dos prados, cola, pó de caroço de nêspera (não é daquele com que limpam peças de aviões, esse é de alperce), e mais umas coisas em letras que uma pessoa não consegue ler e ainda não usa óculos de ver ao perto (toma lá esta que não é da idade). Tudo isto, diz a farmacêutica toda fofinha para mim, tudo isto para drenar. É juntar uma porção desta poção (hum) que é mágica e que adora água, muitos litros, beba pelo menos oito litros por dia com vinte mililitros disto por cada litro e meio.
E não lhe apetece dar-me também a raíz quadrada de nabo seco do Algarve que sempre me dava para fazer menos contas, não?
Mas isto eu não lhe disse, saí cabisbaixa da farmácia com o frasco pesadíssimo da mistura que não vou repetir, espero não me ter esquecido de nenhum ingrediente.
Tenho portanto como dever alertar a sociedade que se esta situação não desencadear um problema de seca a acrescentar ao aquecimento global na península ibérica vou ali e já venho.
É que esta porcaria sabe à água da piscina da praia das maçãs, que disso lembro-me eu bem.
E passados os primeiros dias do embate, estou pr'aqui toda drenada e a balança continua avariada.
(se houver rimas inconvenientes neste texto é porque as palavras me andam a gozar)
Fui.
Sem comentários:
Enviar um comentário