Fico sempre animada quando se fala em borrego.
É das palavras que pronuncio com gosto, borrego.
Se uma coisa corre mal, borregou.
Se uma pessoa é um tanto lerda mas ainda assim não a odiamos, borrego assenta-lhe bem.
Hoje ao almoço, na cantina lá da empresa, comeu-se borrego. Ensopado de borrego.
As colegas que deslizavam os tabuleiros à minha frente na fila, receberem o ensopado a fumegar-lhes no prato, rodeado de batata cozida. Elas com os olhos a arregalar, vê-se que gostam daquilo. Dizem-me que o borrego ali é bem confeccionado.
Não, não estou a falar de comida de avião nem das almôndegas a meio cêntimo do IKEA nem tampouco do que se come, para quem o faz, na secular cadeia americana denominada McDonald's.
Estou a falar de uma cantina. Uma cantina onde trabalham pessoas que se esmeram. E que fazem a diferença, fazendo ensopado de borrego.
Uma vez o borrego entrou-me no estômago. E voltou imediatamente a sair em marcha atrás. Prefiro uma lata de feijão encarnado se faz favor.
Mas comi salmão grelhado. Sentei-me a uma mesa onde todos os outros pratos borregavam para lá de muito. E toda a gente a querer convencer-me que o borrego é que é.
Certo, mas há alternativas. Falemos então de um tema da actualidade, sim?
Alguém sabe dizer-me porque raio uma fotografia postada na web se passou de repente a chamar instagram?
Que nervos.
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