Está, há vários dias, uma toalha caída no pátio traseiro do
prédio. Ter-se-á soltado de algum estendal ao vento e obedecido sem
hesitar à gravidade da sua situação. Não é cá das minhas. Se fosse, já ali não
estaria desde o primeiro dia. A mola que prendia a toalha caiu junto com ela. É
vermelha e ali deitada ficou, um pouco apartada, no esbranquiçado do chão. Terá
sido obra da sua fraqueza de forças que, junto com o vento suposto, para ali a
deitou. E à toalha. Ninguém as vai buscar. Hoje de manhã, ao dar os bons dias ao rio, notei a toalha menos aberta, ou seja, mais fechada. A mola não, a mola na mesma.
(adoraria saber de que cor imaginaste a toalha)
Branca. Isto, num repente, que depois já estou a vê-la cinzenta, de suja.
ResponderEliminar:-)
Bingo! E não parecia nada suja, por acaso. Uma boa toalha. :-)
EliminarBranca, sem dúvida . :)
ResponderEliminarSem dúvida, mesmo. Branquinha. :-)
Eliminareu também aposto em branca, mas às riscas de um amarelo pálido, agora, transformado num quase verde cinzento, também me entra no imaginário. bom dia, Susana, e boa semana.
ResponderEliminarQuerida mia, era mesmo toda e só branca, no máximo com una apontamentos em relevo. (apontamento não ficou aqui nada mal, pois não?)
Eliminar:-)
Boa semana!
*uns. ai.
Eliminaresmeralda :)
ResponderEliminarana, isso são os teus olhos sempre cheios de mar, eu sei. A toalha apenas lhe trazia a parte da espuma. :-)
Eliminar(o mar tem esmeraldas, não tem?...)
Tem, claro que tem :)
EliminarVermelho desbotado pelo sol, um quase cor de rosa.
ResponderEliminar~CC~
Isso era mais a mola, CC. :-)
EliminarInquestionavelmente, é uma toalha aos quadrados verdes e brancos e caiu de um estendal que não é do seu prédio, é dos prédios de cima, e é por isso que ainda ninguém a veio reclamar.
ResponderEliminarFico cá desconfiada que essa sua cor para a toalha é um bocado suspeita... (imaginada, portanto, pelo seu coração)
EliminarAcertou em metade da toalha, ela era toda branca (e ontem vieram buscá-la).
Ciano (ou verde-água), a cor complementar do vermelho.
ResponderEliminarE um mais belo quadro seria, com essa complementaridade! Quem sabe, eu me teria inspirado para um post como deve ser... :-)
EliminarMas é claro que é azul celeste em situação de metamorfose para azul acinzentado!...:-)
ResponderEliminarNunca mais serei capaz de ler a palavra metamorfose sem me lembrar de Kafka. :-)
Eliminar(era completamente branca da silva)
Uma toalha vermelha.
ResponderEliminarBom, vista daí do outro lado do Atlântico, talvez os comprimentos de onda já se tivessem apurado para o vermelho, eliminando pelo caminho todas as outras cores que o branco, em princípio, contém. :-)
EliminarSempre me intrigou, desde que, em pequena, comecei a ler livros sem imagens, a forma como imaginava as casas, as salas, enfim os lugares que eram descritos pelo autor. Continuo hoje a achar um mistério todos os imaginares que cada leitor fará da mesma descrição lida. É como se fosse a criação de muitos mundos paralelos, cada um desconhecido para os outros.
ResponderEliminarPenso nestas coisas, podia pensar noutras.
Muito obrigada a todos estes queridos leitores e leitoras que vieram cá contar como imaginaram uma simples toalha caída.
A toalha, vieram buscá-la ontem, é branca.
Assim como todo e qualquer leitor imagina as coisas de acordo com as suas vivências. Eu, depois de ler e comentar este post, fui retirando uma série de conclusões para o comentário que deixei: que as minhas toalhas são quase todas brancas, que as toalhas que vejo caídas dos estendais dos vizinhos acinzentam com o passar dos dias, que eu só lembrara toalhas de rosto e quem sabe seria uma toalha de mesa, e tal e tal.
EliminarEnfim, coisas :-)
Acho que tens razão, Gina. Eu costumo imaginar a minha sala, por exemplo, quando leio uma descrição de uma sala que, enfim, que dê.
Eliminar:-) (ou então é falta de criatividade...)