Ligo
então o rádio e oiço-a pela segunda vez hoje. Mona Lisa entoada por Nat King
Cole.
Não
gosto desta música. Enjoa-me. É repetitiva. E lembra a Mona Lisa, deve ser essa a ideia, portanto há uma coisa que agora vou dizer.
Ou
antes, declarar, pela primeira vez na minha já longa vida, que não acho graça,
nem muita nem pouca, ao quadro mais conhecido do mundo. Por mais que eu
pestaneje, leia até tarde, fuja da televisão, pague impostos, durma e acorde,
ou os esfregue, os meus olhos gostam é de se fixar em coisas mais, digamos,
evidentes. Um sorriso meio sorriso ou um quarto de sorriso ou um ensaio de
sorriso ou um sorriso tão levemente sorrido ou um sorriso que vem a cair das nuvens torna-se cansativo e a gente não consegue arrumar o assunto de uma vez por
todas.
Eu cá achava mais interessante se o Leonardo tivesse posto a moça a sorrir como deve ser ou séria e
acabou-se. Facilitava a vida às pessoas. Está bem, eu sei que a arte reside
nestas dificuldades, nestes vai não vai, nestes encanares de pernas às rãs, mas a verdade é que andamos nisto, nesta discussão, há
quantos? cinco séculos? As pontes que não se podiam ter já construído, pontes a
ligar terras, a promover o trânsito de produtos, a elevar a economia dos
países, coisas realmente úteis, é que vendo bem cinco séculos são cinco
séculos, não é?
E agora não saia do seu lugar que, mesmo
correndo o risco de este blogue se tornar mal-amado como tudo, isso me
ferir deveras e ter de fechar as portas por falta de visitantes, sai ainda mais
esta verdade: a Mona Lisa nem sequer é bonita.
Tampouco
o vestido a favorece.
Se liga
com as sandálias o Leonardo não quis mostrar, mas isso já vai dos gostos de
cada um e mais não me vou pôr a dizer.
Não vou
porque de qualquer forma, outra verdade, o problema é meu.
Tomemos
o George Clooney. Esse deus da beleza, não é?
Não é.
O sorriso - aí sim vê-se que é sorriso, essa parte está boa - mas o sorriso
costuma abrir-se mais de um lado que do outro, não sai direito, até talvez fosse uma questão de ele treinar mais vezes, não sei, costuma funcionar.
E
depois destas duas pedradas no charco do bem comum estabelecido num caso há
cinco séculos no outro há menos de um, não fico nada contente quando faço
rimas, as rimas são feias, mas eu tenho
pouca arte e nem sei se fiz uma, dizia, não me vou perder, hoje não, que depois destes dois
pedregulhos que acabo de lançar, me resta agradecer a todos a paciência, de
caminho manifestar a minha alegria porque o TEMPO CONTADO acordou, embora...
será que vai voltar?, e deixar mais esta informação, não vá alguém achar
coisas:
O Johnny
Depp vestido de pirata sim, há ali sainete, ou então o Javier Bardem de toda a maneira, lembro-me agora, desde que se exclua o filme em que limpou o país que
não era para velhos e ainda o do zero zero sete, nesses nem quero pensar.
E pronto, ficávamos aqui.
E pronto, ficávamos aqui.
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